Últimas indefectivações

quinta-feira, 16 de maio de 2019

O sumo azedo do pontífice

"Desde os tempos de Avinhão que não se assistia a um cisma papal de tais dimensões. O Papa Francisco não terá deixado de estranhar esta recente encíclica do papa da Madalena, sobretudo porque tocou num assunto que tem sido delicado para Jorge Mario Bergoglio, logo após todos os abusos clericais vindos a público recentemente: padres.

Na sua mais recente encíclica que, tal como a de Leão xiii, podia levar o nome de Rerum Novarum (isto é, das coisas novas, e nada mais novo e inacreditável do que a súbita conversão do madaleno ao reino da probidade), o papa da Madalena afirmou quase o mesmo que o seu colega de 1891. Ora vejam: “Por toda a parte, os espíritos estão apreensivos e numa ansiedade expectante, o que por si só basta para mostrar quantos e quão graves interesses estão em jogo”.
Toda a gente sabe, com cisma ou sem cisma, que o papa da Madalena percebe mais de padres do que o Papa da Santa Sé. Afinal, foi o inabalável chefe da igreja das Antas, onde se formaram muitos jesuítas de apito que, vestidos de negro, parecem os vampiros do Zeca Afonso – aliás, como ele também referiu ainda esta semana. Toda a gente sabe que o_papa da Madalena sabe mais de árbitros do que todos os Papas de Avinhão juntos, já que os recebia em casa para lhes transmitir aconselhamento espiritual e os livrar do chamado irresistível das sereias que atacavam pelo calor da noite numa rogativa irresistível dos pecados da carne.
O Papa Francisco pode ser um homenzinho bem-disposto que nos faz sorrir com algumas das suas tiradas surpreendentes. O papa da Madalena é um pândego! Se o ouvisse citar um outro padre, Salazar de seu nome, não me surpreendia: “A nós convinha que falasse. A outros haveria de convir mais o silêncio que só a morte poderia com segurança guardar”. O problema das encíclicas do madaleno é sempre o mesmo: podem ser pontifícias, mas não têm sumo. Cheiram a azedo... E a podre..."

4 comentários:

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