"Sem estar com rodeios, vou directo ao assunto: não gostei de perder no Jamor. Como é óbvio. Se eu ficava arreliado quando estava na escola e perdia num duelo de jogo do Galo com o colega do lado enquanto o professor estava virado para o quadro, naturalmente fico ainda mais aborrecido com um desaire do Benfica. Há umas jornadas fui bombardeado com piadolas a respeito dos pastéis de Chaves, esta semana foram os pastéis de Belém, portanto espero que não haja mais deslocações ao terreno de clubes cuja terra seja conhecida por fabricar qualquer tipo de pastel.
Na época passada, por esta altura, o Benfica contabiliza 17 pontos, o FCP tinha 22, o Sporting somava 20, e o Braga amealhava 15. Ora, estabelecendo uma comparação, verificamos que FCP e Sporting têm agora quatro pontos a menos, o Benfica está igual e o Braga trocou três derrotas por três empates. É curioso, porque a panóplia de programas 'futebolísticos' (carregar bem nas aspas) que nos rodeia já analisou o abandono de Luisão até à exaustão, examinou o rendimento dos avançados do Benfica a Raio-X, vasculhou conversas privadas de Luís Filipe Vieira a pente fino, no entanto ainda não se debruçou nem por um segundo sobre o arranque mais humilde de dois dos candidatos ao título. O interesse na quantidade de vezes que Rui Vitória coça o nariz é tanto, que depois não sobra tempo de antena - para falar de outros assuntos - menos relevantes, claro.
Durante a semana, creio que o único elemento do Benfica livre de apreciações ruins foi, deixe-me ver se me lembro, isso mesmo: o cozinheiro.
Adivinhe, caro leitor, quem é que vai tirando partido deste foco bem iluminado e contínuo em cima do Benfica? Eu sei que não tira."
Pedro Soares, in O Benfica
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