"Casos como o que agora envolve o nome do Benfica tornam o futebol português, a prazo, mais fraco ou mais forte?
Por um lado, da má imagem do maior clube nacional, que está a dar a volta ao mundo, nenhum bem virá; por outro, uma justiça que investigue igualmente ricos e pobres é de louvar.
Mas, se por um lado o inevitável descrédito para a industria do futebol que surge associado a estes processos é nefasto, por outro trará práticas diferentes, mais transparentes, que serão comuns a toda a actividade.
Há mais: se por um lado as aparentes fragilidades da acusação vinda a público nos devem colocar de sobreaviso contra o justicialismo militante (flagrante, há uns meses, no lamentável episódio que envolveu Mário Centeno), por outro, devemos ter consciência de que o Portugal de 2018 não é o mesmo de 2004...
O Benfica confrontado com uma acusação que viu no alegado conhecimento e concordância de Luís Filipe Vieira, quanto a factos que consubstanciam crimes, umas das razões para arrastar a SAD para o banco dos réus, e ao mesmo tempo não produziu efeitos contra o presidente encarnado, terá razões válidas para pensar que eventuais sanções desportivas não passará de um castelo de cartas, incapaz de resistir à primeira brisa.
Mas torna-se inevitável concluir que, para a nação encarnada, haverá sempre um antes e um depois relativamente a este caso. O Benfica deve manter-se unido e coeso nesta fase em que está debaixo de fogo cruzado. Mas essa circunstância não deve impedir uma autocrítica séria, única forma do clube sair mais forte desta provação."
José Manuel Delgado, in A Bola
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