"Só o empate com o 'fraquinho' Sporting nos distanciou de um início de temporada perfeito. Estamos mais fortes.
O Benfica termina um ciclo terrível com bom aproveitamento. Na liderança do campeonato e com apuramento milionário para a Liga dos Campeões, Rui Vitória recupera forças numa posição invejável. Escrevi que nada se ganharia neste início de temporada, mas que se poderia perder tudo. O Benfica tinha oito jogos seguidos, com alguma dificuldade, e, se caísse em dois ou três, comprometia a época financeira e desportivamente. Só o empate contra o fraquinho Sporting nos distanciou de um início perfeito. Estamos, pois, mais fortes e mais perto da época de reconquista, que anunciamos como o objectivo.
Momento simbólico daquilo que é um grupo à Benfica foi o golo de Seferovic na Madeira com Svilar e demais suplentes a entrarem em campo para festejar com o suíço. Quem está no banco ou na bancada faz parte do mesmo espírito de quem está em campo. A lesão de Fejsa preocupa, pois ninguém é tão difícil de substituir como o sérvio neste Benfica. Estive mais receoso a ver o jogo na Madeira do que na Grécia. Mas o Benfica marcou quatro e podiam ter sido oito. Mas, agora que Seferovic marca e joga a alto nível, é altura de, contra a corrente, quero deixar escrito que Ferreyra foi uma excelente contratação e vai provar em campo isso mesmo. Precisa de se adapte, precisará até de mais rotinas e mais treino, mas, para mim, vai marcar muito e bem. Haverá muitos (também benfiquistas) que agora dizem e escrevem sobre Ferreyra, que serão proibidos pela consciência de festejar o muito que o ex-Shakhtar ainda nos vai dar ao Benfica.
Se o terceiro golo na Grécia tinha sido fantástico, voltar a ver o segundo e quarto golos na Madeira é pura poesia. Classe e objectividade, rapidez e eficácia. Há jogadores, há soluções, há plantel e há Benfica, este ano, na luta pela reconquista.
Em tempo de selecções esperemos que, como frequentemente acontece, não venham mais lesionados. O período é para recuperar jogadores e não perder mais disponíveis, porque a concorrência está aí, embora pareça mais entusiasmada em ganhar fora do que dentro do campo.
O Sporting vai a eleições, há que esperar com respeito pelo resultado, mas, pelo andar da carruagem, resta esperar para saber qual o anti-benfiquismo que vence. No Sporting, aprender com os erros não parece ser o forte da prestigiada instituição, a analisar pelas críticas feitas aos seus dirigentes que tiveram uma postura cívica e educada no derby."
Sílvio Cervan, in A Bola
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