Últimas indefectivações

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

A lógica do absurdo

"Se o estimado leitor for ao futebol com um grupo alargado de amigos, ocupar sempre o mesmo sector do estádio, apoiar o Benfica com cânticos de incentivo, e não se registar como 'claque', facultando dados como estado civil, profissão ou nome dos pais, poderá estar a causar danos ao clube. Pelo menos é esse o entendimento do IPDJ, presidido (até ver...) por um ex-atleta do Sporting, e membro da Comissão de Honra de uma das candidaturas às eleições do clube de Alvalade. Deve dizer-se que o primeiro problema reside na própria legislação, que é ambígua na definição de 'grupo organizado de adeptos' - para utilizarmos a terminologia da Lei 16/2004. O que é um 'grupo organizado de adeptos'? Será, por exemplo, uma Casa do Benfica, que organiza excursões à Luz, coloca tarjas alusivas à localidade de onde vem, e é apoiada pelo clube?
O segundo está na aplicação da mesma, pois existem 'claques legalizadas' contando com três ou quatro mil elementos, dos quais meras centenas, ou mesmo dezenas, constam nos registos. Há uns meses pudemos ver, em Alcochete, o exemplo de uma 'claque legalizada' em acção. Já antes, no centro de trino de árbitros na Maia, uma outra 'claque legalizada' actuara impunemente aos olhos do país. Em sentido contrário, aplicaram-se no passado sanções duríssimas a adeptos que normalmente ocupam o topo sul do Estádio da Luz, e não foi necessário qualquer registo prévio para as autoridades policiais e judiciais fazerem o seu trabalho. Estamos então perante incapacidade para resistir à pressão mediática? Vontade de agradar ao eventual empregador? Ou simples incompetência?"

Luís Fialho, in O Benfica

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