"O primeiro jogo oficial da época trouxe algumas sugestões interessantes para se conhecer melhor a realidade do Benfica. Desde logo, a novidade de uma vitória internacional. Não se pode propriamente considerar uma vitória benfiquista na Champions, mas, ainda assim, uma vitória frente a uma equipa com qualidade de Champions. E isso é uma boa novidade, depois da época internacional deplorável e até angustiante que o Benfica fez no ano passado.
Segundo apontamento digno de registo, o facto do Benfica ter conseguido não sofrer golos numa eliminatória equilibrada e que pode ser decidida por golos marcados fora de casa. O resultado de 1-0 não é, evidentemente, um resultado confortável, mas é um resultado que admite passar os cinquenta por centro de hipóteses de sucesso e coloca o adversário em posição bem mais insegura.
Terceira nota, que nos pareceu importante: a excelente segunda parte do Benfica, não tanto na capacidade ofensiva, onde continuou a faltar poder de concretização, mas onde já não faltou capacidade de pressionar e de atacar a bola no primeiro terço do campo defendido pelo opositor. E isso é algo que se saúda numa equipa que, na época passada, se limitava a marcar com os olhos e a deixar ao adversário total liberdade na primeira fase de construção do seu jogo.
Aspecto mais negativo: começa a ser indigente o aproveitamento do Benfica, no seu jogo ofensivo. Questão séria para resolver e que pode aconselhar à mudança do actual 4x3x3, que é muito pouco dinâmico. Será que Rui Vitória terá um plano B, com um 4x4x2 para adversários mais frágeis?"
Vítor Serpa, in A Bola
Mas se é indigente o aproveitamento não quer dizer que há muitas ocasioes desperdiçadas? E se isso acontece como se pode depois falar em falta de dinamismo? A falta de coerência são como as mentiras... têm perna curta...
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