"O Mundial só se despede amanhã - que nos perdoe Gianni Infantino, mas dizer que este está a ser o melhor de sempre é um exagero que só encontra explicação na necessidade do presidente da FIFA ser simpático para os russos, que, é verdade, superaram as baixas expectativas a nível organizativo - mas por cá, fruto da eliminação demasiado precoce de Portugal e enquanto esperamos pelo regresso do futebol a sério, vamos procurando algum entusiasmo nos jogos de preparação, na tentativa de ali encontrar um vislumbre do que poderão ser as equipas portuguesas na próxima época. É, invariavelmente, uma tarefa inglória, em especial nesta fase tão embrionária, em que os treinadores querem (e bem) dar minutos a todos, mesmo a quem ficará sempre de fora na hora da inevitável triagem.
Falemos um pouco do Benfica, dos grandes aquele que, fruto da obrigatoriedade de disputar duas eliminatórias para chegar aos milhões da Champions, está em fase mais adiantada da preparação. Haverá, talvez, razões para os adeptos se entusiasmarem com Ferreyra e Castillo. Ou com Gedson e João Félix. Mas há ainda, como é normal, mais perguntas do que respostas. A começar, claro, pela táctica com que a águia irá atacar esta temporada. Vitória tem chutado a questão para canto e vai oscilando entre o 4x3x3 e o 4x4x2. Nada contra, embora seja evidente que, mais cedo do que tarde pela urgência de ter a equipa pronta em breve, a escolha se tornará clara. Ainda assim, se tivéssemos de apostar colocaríamos a cruzinha no 4x4x2. Sim, Jonas já mostrou que a história de não render em 4x3x3 era mito, mas este ano há Ferreyra, investimento demasiado elevado para ficar de fora. Este Benfica, como está de momento, parece talhado para dois avançados. A táctica que, no fundo, melhores resultados lhe trouxe nos últimos anos..."
Ricardo Quaresma, in A Bola
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