"O jornalismo sobreviverá através dos tempos, porque será a única forma das sociedades democráticas se defenderem das fake news e dos movimentos organizados que exploram a chuva torrencial de informações manipuladas e que procuram servir, exclusivamente, interesses particulares ou de grupo.
Falo, evidentemente, do jornalismo sério, do jornalismo que se orienta por regras e por princípios deontológicos e que, por isso, apesar das dificuldades próprias de um tempo de muitos alçapões e armadilhas e, apesar da terrível tentação das audiências, tem o mérito de garantir ao leitor, ao ouvinte, ao telespectador que não troca a informação por ruído, não oferece lixo mediático em vez de matéria editorial dignamente tratada.
Sinceramente, não vejo outra forma do jornalismo resistir à praga consumista da maledicência ou à demagogia própria do populismo que não seja o do caminho do rigor, da independência e da autoridade moral.
O jornalismo livre e credível continuará, pois, a ser um pilar da democracia e um insubstituível guardião da liberdade. Assim era ontem, assim é hoje, assim será no futuro. Daí que se assista com justificada e até crescente preocupação, em Portugal, à degradação de algum jornalismo dito popular, incluindo na área do desporto, onde a manipulação das notícias plantadas por perigosos modelos de gestão de associações que supostamente ostentam o título de defensoras da transparência e da verdade se torna uma prática regular, procurando moldar e influenciar a opinião de um público pouco desporto e pouco avisado."
Vítor Serpa, in A Bola
PS: Este hoje parece aqueles com cidadãos que pregam pelos bons costumes, e depois chega a casa, e dá um enxerto de porrada na mulher!!!
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