"A Comissão de Instrutores (CI) da Liga abriu um auto por flagrante delito a Soares, do FC Porto, e propôs uma repreensão por comportamento incorrecto. Não foram jogos de suspensão, não foi multa, foi uma repreensão. Um castigo previsto pelo Regulamento Disciplinar da Liga, mas que está longe de se enquadrar no espírito dos autos por flagrante delito, uma figura que veio ocupar o espaço dos antigos 'sumaríssimos': punir, com base em imagens de TV, lances graves que tenham escapado aos árbitros.
Ao intervir numa situação que acabou por considerar pouco ou nada grave, a CI pôs-se a jeito. Sem querer julgar a troca de mimos entre Soares e Yebda, a pergunta que fica é: quantos lances merecedores de repreensão, ou até de cartão amarelo, escapam aos julgamento dos árbitros na Liga ou na 2.ª Liga? E porque é que só este mereceu a atenção da CI?
Fica a ideia de que os órgãos decisores vão muitas vezes a reboque de posições divulgadas nos media, mesmo que isso implique ir a reboque dos próprios clubes. Neste caso contrato, a possibilidade de ter havido uma agressão de Soares a Yebda começou a ser atirada em programas de televisão. As contas eram fáceis de fazer: se fosse punido por esse motivo, seria certo que falharia o clássico de domingo.
A CI debruçou-se sobre o assunto e acabou por dar seguimento a uma situação que, a própria admitiu, não tinha gravidade.
A CI abriu um precedente com esta decisão e, agora, por uma questão de coerência, deverá intervir sempre que houver indícios de comportamento incorrecto de um jogador. Ia ser divertido."
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