Confiança e motivação
1. Benfica chegou motivado e confiante depois da exibição contra o Sporting no último derby, na quarta-feira. Os encarnados enfrentaram uma equipa organizada e a atravessar um bom momento no Campeonato (somou duas vitórias seguidas, sobre o V. Guimarães, em casa, e o Desportivo das Aves, fora, antes de receber o Benfica), num campo onde não é fácil de jogar, pelas características do estádio e até do tamanho do relvado. A equipa de Rui Vitória adaptou-se bem às circunstâncias que encontrou em Moreira de Cónegos, estava bem preparada para as dificuldades que o adversário lhe podia causar - e causou algumas.
Movimento e espaços
2. O Benfica justificou a vitória pelo que produziu durante os 90 minutos. Especialmente na primeira parte, os encarnados tiveram mais protagonismo e criaram algumas oportunidades de golo. Mas o Moreirense, bem organizado defensivamente, compacto, e muito objectivo a sair para o ataque, projectando bastante os laterais e chegando várias vezes ao último terço de terreno. Já o Benfica apresentou-se com uma boa dinâmica ofensiva. O lado esquerdo, em particular, muito activo, com Grimaldo a criar desequilíbrios tanto por fora como por dentro, com Cervi a procurar os espaços interiores, e com Krovinovic e Pizzi a chegarem a espaços de finalização e a explorar a zona entre os extremos e o ponta de lança. No primeiro golo, aliás, Salvio surgiu em zona interior e Pizzi deixa o corredor central para rematar sem oposição na área após centro de Jonas.
Desequilíbrio e recuperação
3. Na segunda parte, com as substituições nas duas equipas, o Moreirense esteve mais agressivo na batalha a meio-campo e dividiu mais o jogo, aproveitando o facto de o Benfica não estar tão bem posicionado defensivamente. Os encarnados, porém, recuperaram a capacidade de pressão e chegaram ao segundo golo aos 75 minutos, por Jonas e após recuperação de bola de João Carvalho, acabando com a esperança do Moreirense. Nota para os dois guarda-redes - tanto Varela como Jhonatan evitaram males maiores para as equipas, com intervenções de grande nível.
Esforços sem consequências
4. Benfica conseguiu controlar o jogo na segunda parte e não se revelaram quaisquer debilidades ou sequelas físicas do esforço no derby."
João Carlos Pereira, in A Bola
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