"O jogo particular, realizado nesta última terça-feira entre a França e a Espanha, que terminou com uma vitória espanhola por 2-0, poderia, de facto, ter tido um resultado bem diferente se não tivesse sido possível e recurso às novas tecnologias.
A França teria sido, provavelmente, a primeira selecção a marcar, caso o árbitro alemão Felix Zwayer não tivesse sido ajuda das imagens. Em dúvida, o juiz requisitou os serviços da video-conferência e ouviu as razões para anular o golo a Griezmann. Mais tarde, sentiu a tentação de anular o segundo golo espanhol por lhe parecer fora de jogo de Deulofeu. Voltou a consultar a videoárbitro e a ouvir a indicação de que o golo era legal. A Espanha venceu por 2-0, mas sem recurso às novas tecnologias o jogo poderia ter terminado empatado a um golo.
Dificilmente se poderia encontrar um melhor exemplo da importância do videoárbitro na verdade desportiva e fácil é também perceber como, mesmo sem apagar todas as discussões sobre um jogo de futebol, o árbitro fica mais protegido e em menor risco de errar em lances de capital importância.
No caso português e atendendo à contaminação quase geral do estado de insanidade a que se chegou no futebol, o videoárbitro torna-se, afinal, numa necessidade urgente.
Claro que ainda virão alguns profissionais da discórdia e da discussão pública lançar suspeitas sobre a honestidade física da nova tecnologia e, sobretudo, de quem a analisa. Serão, apesar de tudo,brisas ligeiras em comparação com o vendaval a que se assiste em cada jornada portuguesa. Que venha, pois, o videoárbitro. O mais rapidamente possível."
Vítor Serpa, in A Bola
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