"O Benfica tinha um goleador de referência. De facto,Jonas foi demolidor na época 2015/2016, marcando 32 golos, tornando-se numa figura absolutamente decisiva para o campeão nacional. Este ano, uma lesão complicada e ainda não totalmente explicada retirou-o da competição.
Sem Jonas, pensava-se que o Benfica perderia a sua principal referência e torna-se-ia, inevitavelmente, uma equipa limitada nos recursos para fazer golos, até porque todos percebiam que era muito difícil encontrar um substituto à altura das capacidades técnicas, do sentido de baliza e da inteligência de jogo que Jonas demonstrara.
É aqui, neste problema real e sem solução à vista, que começa o extraordinário trabalho de Rui Vitória.
O treinador do Benfica percebeu que a solução não estava na substituição directa do seu melhor jogador, mas numa solução diferente, inesperada e inovadora. Depois de um campeonato em que o Benfica viveu de um só goleador, Vitória descobriu que cada jogador é uma solução para o golo.
Exagero? Nem sequer é uma questão de opinião, mas uma questão de factos. Em onze jogos da Liga, o Benfica é, como se sabe, o líder isolado. Tem 26 golos marcados (mais 5 do que o Sporting e mais 7 do que o FC Porto), o que lhe dá uma média superior a dois golos por jogo. E pergunta-se: como é isso possível, se não tem um goleador de referência e se continua à espera da recuperação de Jonas?
Fácil: o melhor marcador do Benfica, Pizzi, tem apenas 5 golos, mas nestes onze jogos o Benfica encontrou soluções de golos em nada menos de doze jogadores! Notável e de muito mais difícil solução para os adversários."
Vítor Serpa, in A Bola
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