"É grande a tentação de reagirmos sem medir as consequências quando estamos perante situações de tensão ou quando nos sentimos agredidos. Para quem ocupa lugares de liderança, essa pressão é tanto maior quanto a vontade de responder aos ataques que se sofrem. Há momentos em que se impõe uma reacção proporcional, outros há em que o bom senso e a estratégia aconselham postura diferente. Os grandes líderes sabem discernir esses 'timings'.
Desde que ficou na mira de Bruno de Carvalho que Vieira certamente se sentiu tentado a contra-atacar. Ontem, fê-lo, mas ainda assim num registo de quem sabe quanto custou recuperar a credibilidade do Benfica e com a consciência de que ao nome do clube estão associadas marcas que também devem ser respeitadas.
Sem abdicar da pose de estadista, Vieira não deixou de lançar acusações a Bruno de Carvalho, apontando-o como um agitador cujas "manipulações, insinuações e suspeições" fazem mal ao futebol português. E aqui surge um dado novo: Vieira exige que Pedro Proença assuma responsabilidades nesta matéria. Não creio, porém, que o presidente do Sporting retraia a sua postura como, de resto, ele próprio já avisou quando sentenciou: "Não me calo até que a voz me doa."
O discurso de Vieira traduz sentido de responsabilidade e os benfiquistas certamente aplaudem uma política que reforça os pilares de sustentabilidade (como a anunciada parceria internacional) e garante o futuro desportivo (a aposta na formação), mas como é óbvio será sempre essencial (e no caso do Benfica, urgente) ganhar no campo."
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