"1. Prossegue o escaldante mês de agosto do futebol
do Benfica. Ninguém espera que seja menos do
que isso, escaldante, e os resultados estão, para
já, a corresponder às expetativas. Conquistada a
Supertaça frente ao rival de sempre, desembaraçou-se agora o Benfica do Nice, que, nos 180
minutos desta eliminatória de acesso à Liga
dos Campeões, esteve sempre muitíssimo abaixo
das credenciais com que nos foi apresentado
no momento do sorteio.
2. Os franceses terão investido mais em desconsiderações à nossa águia Vitória do que na qualidade
e eficácia do seu jogo, o que, só por si, demonstra
grande patetice, sabendo-se como a águia Vitória
não responde a essas coisas minorcas dos humanos e não passa cartão a ninguém que não a saúde
com o respeito devido a uma ave imperial. A águia
Vitória tem classe, e logo isso faz uma grande diferença até perante aquela gente convencida da Côte
d’Azur. Correu-lhes mal? Correu pessimamente.
Ora, não temos pena nenhuma.
3. Onde é que íamos? Na Supertaça e, depois, no Nice
e nos 4-0 aplicados na soma dos dois jogos a que
a equipa do Benfica foi sujeita na primeira quinzena de agosto. É verdade que a primeira quinzena de
agosto correu que nem uma maravilha ao Benfica.
Só vitórias e vitórias importantes. E um jogo que
ficou por jogar – com o Rio Ave correspondente
à 1.ª jornada do Campeonato e que foi atirado para
o fim de setembro de modo a permitir uma gestão
a nosso favor deste mês infernal.
4. No Benfica, um jogo que ficou por jogar é e será
sempre um jogo que ficou por ganhar
5. É importante que a segunda quinzena de agosto
nos corra tão de feição como correu a primeira. Só
vitórias, é o que se pretende. Vitórias nos dois jogos
com o Fenerbahçe e vitórias nos jogos do Campeonato com o Estrela da Amadora, com o Tondela
e com o Alverca. E, depois, que venha outubro.
6. Voltando a agosto, tem-se notado uma tendência
nos palcos do “comentadorismo” para escalpelizar
cada resultado do Benfica em função das eleições
que se realizarão em 25 de outubro. Parece-me
mal. Mal no sentido que é um exercício em vão.
Francamente, conhecendo benfiquistas afetos
a todas as tendências de voto, posso dizer que não
conheço nenhum que troque uma vitória das nossas cores por um voto que seja.
7. Fechamos estas ideias com uma merecidíssima
referência ao nosso jogador Fredrik Aursnes, que
assinou uma exibição brilhante no desafio com
o Nice da última terça-feira no Estádio da Luz. Foi
substituído a poucos minutos do fim e recebeu uma
ovação estrondosa dos mais de 64 mil espectadores presentes. Com precisão, 64 511, que família."
Leonor Pinhão, in O Benfica

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