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sábado, 12 de março de 2022

Coração Vermelho, um jovem a cumprir promessas e um Estádio que empurrou


"Sete minutos de jogo e (mais) uma imprudência de Adel Taarabt condenou o Benfica a um jogo praticamente completo em inferioridade numérica. O marroquino que joga como vive, coloca sempre tudo o que tem em cada lance. Do oito ao oitenta. Para a noite de hoje veio o 8.
O 4x4x2 com Ramos e Darwin na primeira linha de pressão transformou-se logo bem cedo num 4x4x1, com Ramos a integrar o sector médio, e um Benfica que com menos um elemento não foi capaz, naturalmente, de encostar atrás o seu oponente. A primeira parte foi equilibrada, ainda assim com mais bola para os encarnados. Mesmo que insignificante na percentagem e nos ganhos ofensivos obtidos por essa superioridade.
Um cabeceamento tremendamente perigoso de Darwin foi o que de melhor conseguiu a equipa de Veríssimo nos primeiros quarenta e cinco minutos.
O melhor estava guardado para a etapa complementar.
O Vizela entrou bem, criou, rematou e marcou. Adiantou-se no marcador coroando a sua atitude desinibida na Luz. Mas, foi a estreia de Henrique Araújo que fez valer o bilhete em Lisboa.
O jovem avançado entrou para o centro do ataque e Darwin deslocou-se para a esquerda. Os encarnados “esqueceram” a inferioridade numérica e “agigantaram-se” em atitude e vontade de triunfar. Darwin passou a ser uma seta que de fora para dentro recebeu bolas em profundidade a surgiu na área quando o lance saía pelo corredor direito nos pés de Rafa, e Henrique Araújo apenas um minuto após ter entrado mostrou-se no espaço e tempo oportuno para na recarga a um remate de Gonçalo Ramos empatar o jogo.
Até ao final, foi um Benfica frenético na disputa de cada lance. Agressivo, veloz sobre a bola, solto em posse. A Luz empurrou o Benfica para a frente enquanto encolheu um Vizela que enquanto zero a zero demonstrou sempre argumentos, que se desvaneceram com o acordar do Estádio do Benfica.
Um recorte técnico assombroso de Henrique Araújo colocou-o na cara da reviravolta, mas o guardião vizelense impediu que a estreia de Araújo a marcar na equipa principal pudesse ser ainda mais memorável.
Um resultado muito mau – mais um no Estádio da Luz – do qual o Benfica retirará o coração encarnado dos seus jogadores nos últimos vinte minutos, o potencial de Henrique Araújo e o poderio do sempre perigoso Darwin que carregou para a frente o Benfica até onde pôde."

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