"O jogo com o Gil Vicente e a aposta no modelo de 4x3x3, mostrou-nos mais uma vez que aquilo que era uma estratégia para se tornar uma força do coletivo do Benfica através do preenchimento da zona central com mais um médio, é na realidade inconsequente. Tudo porque prova uma das maiores debilidades que a equipa tem… a falta de agressividade.
No primeiro terço do campeonato o Benfica tentou sempre pressionar e condicionar o adversário através da marcação a referências individuais no momento da construção do adversário, contudo após o jogo com o Sporting ficou exposto como tal cenário poderia ser facilmente contornado e daí para cá a equipa do Benfica tem-se deparado com imensos problemas para suster as construções adversárias.
É já sabido que a equipa do Gil Vicente está recheada de bons valores e a jogar acima de todas as expectativas. Aburjania, Pedrinho e Fujimoto, auxiliados por Lino e Leautey e Navarro conseguiram ultrapassar o meio campo do Benfica com relativa facilidade até porque muita vez existiu indefinição de quem acompanhava quem.
Paulo Bernardo estava a pressionar muito à frente, várias vezes a par de Gonçalo Ramos e isso retirava a critério sempre que o Benfica recuperava a bola e queria construir. Meité sempre mais perdido até porque não é um jogador que decida rápido a ação a tomar e Weigl muita vez sozinho a tentar ocupar espaços deixados para trás.
Este era um problema já com Jorge Jesus e que se mantém com o Nélson Veríssimo.
Pedrinho e Fujimoto, muitas a descair nas alas para libertar espaço interior que iria ser aproveitado para lançar no espaço entre o central e o lateral a ser atacado pelo avançado do respetivo lado (Samuel Lino ou Leautey).
Uma vez que os médios encarnados eram arrastados para fora das zonas interiores através das movimentações dos gilistas, era então Navarro muita vez a baixar para também ele levar os centrais a subir no terreno e assim a bola seguinte entrar nas costas.
Este parece ser um problema que o Benfica não consegue resolver seja em 5x3x2, 5x4x1, 3x4x3 ou 4x3x3… O sistema não será o problema mas sim a ausência de processos alternativos que permitam alternar em caso do adversário optar por estas estratégias."
"Weigl muita vez sozinho a tentar ocupar espaços deixados para trás."
ResponderEliminarCoitadinho do menino Weigl, nunca tem culpa o pequenino. Ninguém o ajuda coitadinho!