"Estou completamente perdido. O leitor sabe qual é a conta que devemos fazer na máquina de calcular quando se começa com uma vitória? Eu tive 20 no Exame Nacional de Matemática do 12.º ano, mas infelizmente já não tenho o contacto da colega por quem copiei a prova.
Os primeiros 80 minutos do jogo com a Hungria até correram de feição. Fomos conseguindo manter de feição. Fomos conseguindo manter o nulo, mas de repente entrou o Rafa e marcámos 3 golos. Provavelmente, a contar que a Hungria também marcasse três vezes, como em 2016, mas os húngaros não caíram na armadilha de empatar o jogo e embalar Portugal rumo à conquista do troféu. Percebemos cedo que eles não estavam ali para os fazer favor nenhum pela forma como apuraram o Ronaldo. E o Cristiano, conforme é tradição quando alguém o assobia, lá espetou duas batatas. Mais uma vez, o CR7 a colocar os interesses pessoais à frente dos interesses colectivos, empurrando Portugal para a vitória e deitando por terra a possibilidade de o jogo terminar emparado. Maldito egoísmo. Agora, ele que pegue na calculadora e faça as contas.
Amanhã voltamos a enfrentar a Alemanha, que tantas dores de cabeça nos tem causado nos últimos confrontos. Perdemos os últimos quatro duelos com os alemães e temos de recuar até 2000 para encontrar uma vitória portuguesa, estrondosa, por 3-0. Um hattrick do Sérgio Conceição, o que me ajuda a relembrar que o treinador do FC Porto já fez de mim um homem feliz para além do Clássico em que deixou o Éder Militão no banco. Desta vez estarei precavido. Se algum português marcar três golos vou celebrar em euforia, mas consciente da possibilidade de lá para 2040 ter perdido quase todo o apreço por ele."
Pedro Soares, in O Benfica
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