"No intervalo do Benfica - Santa Clara, fiquei destroçado - recebi a informação de que o Príncipe falecera. Pelo que a 2.ª parte do jogo foi um misto de angústia e de enorme saudade. Torci ainda mais pela vitória, porque sabia que o meu amigo Príncipe merecia um triunfo neste dia fatídico. Ele, que era um benfiquista de todas as horas, o maior benfiquista de Cabo Verde, torcia pelo Glorioso como poucos. Apesar de ser muito exigente com o clube do seu coração, o António Macedo fazia tudo pelo SL Benfica. Consegui concretizar um dos seus maiores sonhos quando, em Setembro de 2019, Luís Filipe Vieira, de quem era particular amigo, visitou oficialmente Cabo Verde e inaugurou a Casa do Benfica na Cidade da Praia. Outro dos seus sonhos era ver o Benfica campeão europeu. Um objectivo muito difícil de alcançar nos dias que correm, mas não impossível. E era essa uma das facetas que mais apreciava nele. Nunca deixou de acreditar nos seus sonhos. Esta foi uma semana terrível, pois no passado fim de semana, enquanto eu vibrava com a conquista do bicampeonato de pólo aquático feminino e com os feitos dos nossos canoístas, na Taça de Velocidade, partiu Valdemar Antunes, outro grande benfiquista, pai de Sónia Antunes, dedicada e competente jornalista do Sport Lisboa e Benfica. Valdemar era também um homem com H grande, um trabalhador incansável, um pai exemplar e um marido esmerado. Era dos adeptos mais exigentes que conheci. Para ele, uma vitória tinha de ser sempre acompanhada de uma boa exibição. Aos familiares e amigos do Príncipe e do Valdemar, apresento as minhas sentidas condolências."
Pedro Guerra, in O Benfica
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