"É perante as maiores dificuldades que melhor se pode avaliar a capacidade e a resiliência das instituições, escoradas (ou não) na força estrutural dos seus modelos e dispositivos e mais particularmente, de que modo, com que disposição e com que celeridade se mostram os seus responsáveis capazes de assumir as suas decisões, definindo as respostas oportunas para enfrentar a crise. Assim que o mal se começou a desenvolver em Portugal, a Direcção do Benfica considerou prioritário que todas as primeiras decisões apenas atendessem à emergência defensiva, na estrita determinação de impedir que os contactos físicos e de proximidade da vida e do trabalho 'normal' entre atletas e colaboradores eventualmente pudessem contribuir para a disseminação de uma peste da qual pouco mais se sabia então do que ser caracterizada por um poderoso e velocíssimo grau de contágio.
Em Portugal como no mundo inteiro, mais cedo ou mais tarde, todos acabámos por tomar consciência de que estaríamos mergulhados num dos períodos mais calamitosos dos últimos cem anos: de repente, toda a humanidade se vira dolorosamente fustigada pela inesperada pandemia, cuja extensão e consequências ainda agora são incalculáveis no plano individual e para a generalidade dos sistemas de vida em comum a que estávamos habituados...
Mas, naquela altura, nada era mais decisivo - nem campeonatos, nem raciocínios de gestão, nem contas de somar ou subtrair. A preocupação essencial era a vida das pessoas, das famílias e da comunidade, e havia que agir com muita determinação.
Em todo o caso, pelo que logo a seguir todos confirmávamos, grande, muito grande, é a instituição cujos dirigentes não tremeram e não tremem, diante de um cataclismo tão imprevisto e severo e, ainda menos, não hesitam em continuar a cumprir escrupulosamente todos e cada um dos seus compromissos anteriores de longo ou curto prazo, sem qualquer solução de continuidade, quebra de cadência ou desfalecimento!
O Benfica conhece o Futuro? Saberá aqui, alguém, antecipar como virá a ser a 'nova normalidade', no campo dos Desportos e na sociedade portuguesa?... Evidentemente que não. O que vier... virá, que o Benfica estará sempre pronto e preparado para vencer todas as dificuldades. Porque o que os nossos Dirigentes, conhecem bem é o Benfica - a incrível força do Benfica! E o que os Sócios e adeptos do Benfica também bem conhecem é a história do Benfica, assim como o rumo e a estabilidade que, no plano da ética e dos compromissos assumidos, o Benfica cumpre inflexivelmente, sem sofismas nem interrupções, de há dezassete anos para cá.
E com esta confiante segurança baseada em factos, inequivocamente reafirmada pelo Presidente Luís Filipe Vieira na carta enviada a cada um de nós na passada quarta-feira, não restam dúvidas de que 'juntos vamos conseguir' vencer e convencer em todos os obstáculos que esta crise nos levantou e da qual, com a mesma determinação, certamente ainda sairemos mais fortalecidos!"
José Nuno Martins, in O Benfica
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