"O Sporting despediu-se, sem glória, da Taça da Liga, numa noite em que ficaram à vista as fragilidades do plantel, as dúvidas dos técnicos e o nervosismo dos dirigentes. Foi a décima segunda derrota dos leões na temporada, estando agora a apenas três desaires do pior registo, em quase 114 anos de história. Qualquer solução para esta crise sem precedentes deverá ser sempre encontrada para lá de sacudir a água do capote para cima dos árbitros, ou maldizer a situação herdada. Para dar a volta por cima, construindo um plantel com condições para vestir a camisola verde e branca, são precisos meios e critérios; algo que não aconteceu, por exemplo, no início da temporada, quando algumas contratações de última hora não seviram para mais do que depauperar ainda mais os cofres leoninos. Numa equipa onde não abundam grandes valores, Bruno Fernandes é a jóia da coroa, líder indisputado do balneário e farol dos adeptos que continuam a ir aos estádios. Mas, não obstante Bruno Fernandes, o Sporting está a 19 pontos do líder da Liga, à 17.ª jornada e já saiu da Taça de Portugal e da Taça da Liga. Ou seja, o capitão dos leões, por mais que ande com a equipa às costas, não é capaz de fazer a diferença face à concorrência, porque no futebol ninguém ganha nada sozinho. Não será, pois, mais avisado, encetar a reconstrução do plantel, de olhos postos em 2020/2021, com meios provenientes de uma transferência de Bruno Fernandes? E como estará a cabeça do playmaker leonino, que não será, de certeza, imune a todas as movimentações do mercado? Em plena maior crise de sempre, o Sporting deve jogar com os pés e pensar com a cabeça..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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