"A transparência no futebol deve ser um objectivo vitalício e como tal deve-se salutar quando a mesma se exibe em todo o seu esplendor, mesmo que seja em indivíduos pelos quais não nutrimos especial afecto. Nestes casos, o orgulho deve ser colocado no bolso, junto com o taco que temos sempre preparado para bastonar as costas de tais energúmenos, e o aplauso deve sair sonoro e trovejante.
O Tribunal D'Ojogo de hoje é indigno de um órgão de comunicação que aponte directamente à imparcialidade. Está portanto dentro dos parâmetros pelos quais se rege o diário desportivo portuense. Não é que a análise à arbitragem do FC Paços de Ferreira - SL Benfica deva ser visto como um "sair do armário" jornalístico, porque por ali esse móvel já está tão vazio que as suas tábuas só servem para aquecer as frias noites da Invicta. Mas sentir que naquela redacção não há qualquer problema em pintar a cara à William Wallace antes de lançar papel para a rua, é refrescante numa indústria desportiva em que só os adeptos não têm medo de exibir orgulhosamente as suas paixões clubísticas.
Segundo os 3 ex. (chamemos-lhes) árbitros, há falta clara de Weigl sobre um pacense na Gloriosa área, espaço onde no primeiro tempo Rúben Dias havia procurado "conquistar o que não tinha direito". Nos perspicazes olhos Coroados, o alemão "agarrou na zona do estômago", Leirós viu Weigl "puxar o tronco" e Azevedo descortinou um "agarrar de forma persistente". Sem discutir a justeza da avaliação deste lance, vi que para o aziático Jorge, o lance que envolveu Rúben foi um "jogo de pés em busca da bola" (sim, Joca, mas e a mão que agarra?), aos olhos de Leirós foi uma "jogada de muita disputa e desequilíbrio" (ok, mas e a mão...), e na visão de Azevedo o central Benfiquista "coloca a perna entre as do adversário" (o quê, desculpe? Mas... E A MÃO PORRA?).
A parcialidade que leio hoje nestas palavras, ouvi-a ontem, com um certo esgar de "vá lá homem, deixa-te disso" da boca de António Rola, mas ao contrário. Tanto no caso do Ojogo como da BTV, falamos de meios de comunicação de conotações clubísticas assumidas sem trejeitos nem vergonhas e a mim cabe-me parabenizar ambos por tamanha coragem. Mas se no caso do canal de televisão do Benfica falamos de um departamento de comunicação uno e indivisível, no do jornal portuense estamos perante uma segunda cabeça de duas secções de informação portista. E depois dizem que o Sérgio Conceição não tem razão quando se queixa de falta de união no clube."
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