"O Sport Lisboa e Benfica deslocou-se a Vizela para defrontar o líder do Grupo A do Campeonato de Portugal nesta quarta ronda da Taça de Portugal. Bruno Lage optou por um 11 próximo daquele que tem sido o titular, fazendo regressar Samaris ao meio-campo e dando as despesas ofensivas a Jota e RDT. A baliza ficou entregue ao Zlobin.
Já o Artur Pacheco, técnico do Futebol Clube Vizela, mesmo perante um desafio histórico, também optou por fazer algumas alterações.
O jogo começou de forma surpreendente mas sem surpresas. Como tem sido hábito esta época, qualquer equipa tem sido capaz de criar, sem grandes dificuldades, lances de perigo contra este SL Benfica. Aos seis minutos, depois de dois avisos consecutivos, a equipa da casa chegou à vantagem com um remate de fora da área do médio Samu.
Esperava-se uma reacção encarnada mas a verdade é que os jogadores do FC Vizela foram conseguindo tratar a bola e construir jogadas de forma muito mais confortável do que os do SL Benfica.
A primeira boa noticia para os encarnados veio de um encarnado. Aos 26 minutos o médio Ericson levou o segundo amarelo e foi expulso do jogo.
Contra 10 nada realmente mudou. A equipa do Campeonato de Portugal jogou mais fechada mas sempre a explorar saídas rápidas e a equipa do SL Benfica continuou sem conseguir mostrar qualquer tipo superioridade.
Um primeira parte vergonhosa da equipa de Bruno Lage. Inexplicável, não surpreendente e totalmente vergonhosa.
Para o segundo tempo, sempre tendo em perspectiva o facto do FC Vizela estar a actuar com menos um jogador, Bruno Lage optou por retirar o médio mais defensivo – Samaris – e lançar o ponta de lança Vinicius. Percebe-se. Não era expectável um FC Vizela ofensivo nem a atacar com mais de três jogadores.
Sim a equipa encarnada entrou melhor, conseguiu alguns lances de futebol apoiado mais entusiasmantes mas nada de especial. Os jogadores da casa continuaram a conseguir manter a defesa encarnada em alerta e o futebol benfiquista continuou demasiado morno.
Na mesma lógica da substituição feita ao intervalo, aos 65 minutos, Bruno Lage fez entrar o Caio Lucas para o lugar do Gabriel. Uma tentativa de povoar o último terço do terreno com jogadores que pudessem abrir a defesa vizelense. As mexidas deram resultado e aos 69 minutos Jota pela direita conseguiu num cruzamento rasteiro isolar o Raul de Tomas que, antecipando-se a toda a defesa, empatou o jogo. Um golo que veio remediar a exibição horrível do avançado espanhol.
Depois do empate as coisas tornaram-se mais acessíveis para os homens de Lage. A equipa do FC Vizela começou a mostrar poucas forças para colocar jogadores suficientes no ataque de forma a criar situações de finalização e, sem grandes esforços, já depois de uma bola do Grimaldo na barra, o SL Benfica chegou finalmente à vantagem. Caio Lucas isolou o Vinicius que aguentou a carga do defesa adversário e finalizou pelo poste do guarda-redes Cajó.
Este jogo pouca história tem para se contar. Ficou uma exibição muito esforçada de um FC Vizela que conseguiu fazer frente ao Sport Lisboa e Benfica mesmo jogando quase todo o jogo com 10 jogadores.
Do lado do SL Benfica fica mais uma exibição pobre, sem criatividade, sem inspiração e totalmente sem um fio de jogo. Uma exibição que todos os adeptos quererão esquecer mas que deixa ainda mais sinais de perigo para o jogo da próxima quarta-feira.
A incapacidade que a equipa de Bruno Lage continua a mostrar de criar jogo interior é exasperante. O meio-campo não funciona e os avançados actuam sozinhos na defesa adversária.
Onzes Iniciais e Substituições
FC Vizela: Cajó; João Pedro, Matheus, Aidara e Kiki, Samu (Landinho 74′), Evrard (A. Soares 81′), Ericson, Cann, Kiko Bondoso, Diogo Ribeiro (A. Fall 58′)
SL Benfica: Zlobin, A. Almeida, Jardel, Ferro, Grimaldo, Samaris (Vinicius 45′), Gabriel (Caio Lucas 65′), Pizzi, Chiquinho, Jota, Raul de Tomas.
A Figura
Samu – Toda a equipa do FC Vizela poderia estar aqui incluída pois o seu jogo valeu pelo esforço colectivo, um esforço não só fisico mas principalmente de colocar em campo tudo aquilo que foram treinando ao longo da semana. Destaco o médio Samu porque além do golo, foi o jogador que foi sempre fazendo a diferença no meio-campo. Boa qualidade com a bola no pé, capaz de pausar o jogo e de libertar a equipa em lances perigosos de ataque.
O Fora de Jogo
Gabriel – Difícil não colocar o colectivo encarnado mas depois desta vitória optei por escolher aquele que voltou a repetir neste jogo os erros de jogos passados. Gabriel continua a desperdiçar lances atrás de lances com passes longos completamente sem sentido. Uma necessidade extrema de esticar o jogo que não só retira a bola à equipa como ainda lhe retira possibilidades de um futebol mais apoiado e criativo."
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