"O fenómeno dos desportivas naturalizados aumenta à medida que o mundo fica mais pequeno. Zeca (Grécia), Pedro Ró-Ró (Catar) ou Margaça (Chipre), são exemplos de futebolistas portugueses que, depois de preencherem os requisitos legais, optaram por representar países de acolhimento. E Portugal tem sabido integrar aqueles que se naturalizam, de Obikwelu e Liedson, de Pepe a Pichardo. Nada, pois, contra quem adquire a nacionalidade, a caminho é do interacção e não da segregação. Porém, há momentos em que faz falta reflectir e há casos que sugerem, cuidada ponderação. Senão, vejamos...
A portuguesa Yu Fu, de 40 anos, defronta hoje, em Minsk, a luxemburguesa Ni Xia Lian, de 55, em partida das meias-finais do torneio feminino de ténis de mesa dos Jogos Europeus. Também com hipóteses de chegar à final estão a alemã Han Ying, de 36 anos, e a monegasca Yang Xiaoxin, de 31, que medem forças na outra semifinal.
Os chineses são muitos e o ténis de mesa, definitivamente, é a sua praia. Nos últimos sessenta anos, disputaram-se trinta Mundiais e o vencedor individual foi, entre os homens, chinês em vinte ocasiões; no feminino, no mesmo período, houve vinte e quatro chinesas no lugar mais alto do pódio. Percebe-se, assim, a proliferação de mesa-tenista chineses à escala planetária, especialmente em tempos de grande abertura de Pequim ao mundo.
Resta a dúvida legítima, olhando para a idade dos semifinalistas de Minsk, sobre o contributo deste método para a evolução da modalidade nos países onde adquiram nacionalidade. Há renovação geracional à vista, ou apenas um efeito-eucalipto?"
José Manuel Delgado, in A Bola
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