"«decido em função do que precisamos para um jogo específico… se preciso de qualidades específicas para um jogo ou para outro…
…ele volta para trás um pouco mais rápido, tem personalidade para jogar em Old Trafford… jogou 25 derbys… [porquê Kompany quando Otamendi tinha estado muito bem]
Quando há muitas bolas longas frontais, prefiro o Nico e o Kompany porque são muito fortes, mas quando preciso de melhor construção… depende … as vezes quando jogam muito altos preciso do Sané… quando defendem muito baixo, preciso do David Silva… depende das qualidades dos jogadores… do que vejo dos treinos… do estado mental…»
Pep Guardiola sobre as escolhas para cada jogo
O jogo e o maximizar de possibilidades para o vencer está em permanente mutação, e hoje mais do que nunca é a era do plano de jogo, da minuciosidade, da preparação estratégica de cada partida.
Bruno Lage entrou na equipa principal do Benfica com o campeonato praticamente perdido. Era o atraso de sete pontos, e um calendário com visitas ao FC Porto, Sporting, Braga, Guimarães e Moreirense [top 6].
Quem honestamente acreditaria em 15 pontos e num 15 – 4 nestes jogos? É que qualquer deslize para quem levava 7 de atraso era o fim.
Há algum tempo atrás, antes de chegar ao Benfica, o treinador partilhou connosco a semana de trabalho do Sheffield Wed liderado por Carlos Carvalhal, e já ai se percebia o passo à frente que era o seu trabalho. A correcção e o trabalho do seu modelo, e a minuciosidade no plano de jogo, trabalhando também do ponto de vista estratégico a preparação de cada partida.
Quando chegou à equipa principal do Benfica, não teria sequer outro caminho. Com uma desvantagem gigantesca na classificação não restaria mesmo mais nada que não o “jogo a jogo” como tantas vezes vem afirmando.
Quinze vitórias em dezasseis jogos, sessenta golos (quase quatro por jogo) contra doze sofridos, é um registo incrível, sobretudo se pensarmos que três das actuais mais valias da equipa foram por si “inventadas”. Não leve à letra a palavra invenção para Felix, Ferro e Florentino, mas quem teria a coragem de paulatinamente soltar os miúdos enquanto alguns pesos pesados foram perdendo espaço? E tudo de forma tão bem pensada e enquadrada que não chegou sequer para ferir egos.
Do modelo, à preparação estratégica, passando pela liderança e processo de treino (no que é possível observar), Lage revolucionou o futebol do Benfica e poderá vir a colher os louros de um campeonato que esteve perdido.
Organização Defensiva do Benfica, com o pormenor que Abel revelou: Deixa Rafa mais “desligado” da linha (mais adiantado), para poder ser mais perigoso na Transição Ofensiva
Uma das Transições Ofensivas – Rafa a receber mais adiantado é sinal de maior desequilíbrio e consequente mais vantagem numérica. Seferovic movimenta-se bem, mas é um desastre em tudo o que envolva tocar na bola. Quanto tem o Benfica de criar para suprir a inabilidade do seu avançado?"
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