"É hábito dizer-se que a última imagem é, sempre, a que fica. E embora seja, em parte, verdade, seria de tremenda injustiça avaliar a entrada do Benfica nesta Liga 2018/2019 pela imagem que deixou no derradeiro quarto de hora do encontro de ontem com o Vitória. Porque para trás ficaram muitos minutos, em especial os primeiros 45, de um futebol que chegou e sobrou para empolgar a Luz e que mereceriam, até, um desfecho mais dilatado do que aquele com que a partida terminou. Mas é assim o futebol, o jogo só acaba quando o árbitro apita para o final e, apesar do empolgamento demonstrado durante boa parte da estreia da águia no campeonato, terão os benfiquistas de contentar-se como alívio de não terem visto o festa estragada por aqueles momentos de desconcentração...
É fácil, depois do jogo terminar, encontrar culpados para um sofrimento que os adeptos dispensariam:
1) as substituições de Rui Vitória, em especial a segunda, que tirou Fejsa de campo e lá colocou Alfa Semedo - a questão é: que treinador não o faria a ganhar por três e com um jogo importantíssimo para a chegada à fase de grupos já na terça-feira?
2) a menor qualidade de quem entrou e, por consequência, o desequilíbrio de um plantel ainda por concluir - a última parte é, porventura, verdade, mas talvez seja prematuro sacrificar já Alfa Semedo, porque o problema terá sido mais colectivo do que individual.
Terá, o Benfica, sofrido de um mal que já afectou outras equipas. A ganhar fácil, desligou e começou a pensar no próximo jogo. Não apenas um, mas toda a gente. Felizmente para a águia não passou de um susto. Seria, até, injusto que se transformasse em mais que isso."
Ricardo Quaresma, in A Bola
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