"Cada um nasce para o que merece, já diria, com o seu maravilhoso simplismo, o Mário-Henrique Leiria
Ouvir Pedro Proença compungido de preocupação pelo futuro dos clubes portugueses é como sentir estalar gargalhadas na Baixa ao tempo do Artur Corvelo, d’“A Capital”. Há gente que não se enxerga, já diz o povo. Recorro ao exemplo de um episódio sórdido. Mergulhado no descanso de uma vilegiatura (ah!, aí estão as férias!), comecei a receber, no telemóvel, fotografias porcas de um número desconhecido. Como vinham por WhatsApp, traziam dependurado o focinho do mensageiro. Seria de ignorar, não fora o abuso. O quadrúpede de 28 patas, vim a saber, era um empregadito manhoso da Caixa Geral de Depósitos, um tal Marcelino Augusto Lopes.
O nome, de um ridículo pomposo, poderia ser pseudónimo. Não era. Existia mesmo, o lapardão. Se o divino Eça fosse vivo, ter-lhe-ia dado as clássicas bengaladas à porta da Baltreschi. Não havendo Baltreschi, estão prometidas ao labrego as taponas devidas a um patego de tal calibre. Lá está: o que incomodou mesmo foi o abuso! Lá porque me viu num ou outro programa de TV, pôs-se à vontadinha. Levei a mal à CGD por ter sido usado, ao que soube, um telefone da empresa. Apresentei uma reclamação; garantiram rapidez na resposta. Dez meses mais tarde recebi a nota oficial: não encontravam nada de censurável no comportamento da alimária. Ou seja: patrocinaram a canalhice.
Cada um nasce para o que merece, já diria, com o seu maravilhoso simplismo, o Mário-Henrique Leiria. Proença pode falar muito e muito ligeiramente sobre a prova que organiza, mas as suas palavras leva-as o vento: desde que está à frente da Liga, assistimos à degradação sistemática da qualidade do campeonato. O ignaro mariola das porcarias continuará a fazê-las, a coberto do patronato, porque essa é a sua essência boçal, até ao momento em que alguém mais enfastiado lhe deite a mão ao cachaço e lhe aplique uns abanões. Quanto à Caixa, nunca tive lá conta. Há gente à qual não confio nem um tostão."
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