"Os tiques autoritários e ameaçadores deram lugar ao desabafo carente de solidariedade, à lamúria pela incompreensão...
Foi difícil para o Sporting Cube de Portugal a semana prestes a findar. Pese embora os sucessos alcançados nos Europeus de Atletismo, os acontecimentos ocorridos antes e depois da Assembleia Geral do Clube do passado dia 3 de Fevereiro vieram fazer esmorecer o entusiasmo em que se encontrava o universo leonino, consubstanciado na conquista da Taça da Liga e na recuperação do 1.º lugar na prova máxima do futebol nacional. Se, relativamente aos resultados desportivos, os insucessos recentes devem ser encarados com normalidade (há ainda muita competição pela frente), já no que concerne ao vendaval emergente da reunião magna leonina, trata-se de um verdadeiro case study, cujas responsabilidades são de imputar, na sua maior parte, ao Presidente do Conselho Directivo (CD), Dr, Bruno de Carvalho (BdC) que, relembre-se, foi eleito para o cargo há menos de um ano.
Se a ninguém é lícito questionar o direito de BdC apresentar as alterações estatutárias que entender, já o mesmo não se poderá dizer da prepotência, má educação e falta de respeito que evidenciou (em conjunto com os restantes elementos do Conselho Directivo) não só para com os sócios como também para com os restantes órgãos sociais, ao abandonar a Assembleia Geral do passado dia 3 de Fevereiro. Para além da atitude (inédita na história do Sporting), BdC, com uma estranha e inusitada agressividade que a ninguém passou despercebida, logo que se apercebeu da derrota iminente, não se coibiu de retirar os 2 pontos da ordem de trabalhos ainda em discussão, um dos quais nem sequer era proposta do CD. Não contente com a rábula, não se fez rogado, lançando mão, para espanto geral da comunidade leonina, da bomba atómica de uma eventual demissão que, mais tarde, confirmaria, acentuando, sem se achar mandatado para tal, que a mesma era extensível a todos os órgãos sociais. É obra!
Os factos que se seguiram são sobejamente conhecidos, sendo de realçar, no entanto, a mudança do estilo e estado de alma com que agora se apresenta no tonitruante facebook. Os tiques autoritários e ameaçadores deram lugar ao desabafo carente de solidariedade, à lamúria pela incompreensão, ao desgosto por falta de reconhecimento do sacrifício feito e do pesado fardo que teve de abraçar, com prejuízo de toda a sua estabilidade na vida. Deixemo-nos de brincadeiras! A ameaça de abandono é pura ficção que não se concretizará, mesmo em caso de derrota (como se espera) na próxima AG. O Presidente do Sporting, eleito há menos de um ano, há-de arranjar um qualquer truque de prestidigitação para fazer sair um coelho da cartola, dando o dito pelo não dito. A verdadeira arte da manipulação como melhor forma de esconder uma autoritarismo verdadeiramente serôdio.
A palavra final, porém, caberá aos sócios. Ah! Já me esquecia: Je Suis Sportingado."
Abrantes Mendes, in A Bola
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