"Há dias, pediram-me para indicar o melhor do futebol em 2012. Exercício sempre difícil, conflituante dentro de nós, e com a memória decrescente com o passar dos meses. Mesmo assim arrisquei as escolhas:
MELHOR JOGO DO ANO:
- Chelsea 5- Manchester United 4: um hino ao futebol com golos, emoção, perfeita simbiose entre jogo e espectáculo. Só mesmo na Inglaterra!
- D. Corunha 4 - Barcelona 5: o melhor do Barça com uma notável reacção galega.
- Benfica 3 - Porto 2 (Taça da Liga): escolhendo um jogo cá, este é o eleito: bem jogado, aberto, sem truques, belos golos.
MELHOR GOLO DO ANO:
- Z. Ibrahimovic (Suécia-Inglaterra): um chápeu notável de fora da área e de costas para a baliza (escolhi apenas este porque simboliza tudo o que gosto num golo: táctica, estética, surpresa, movimento.
MELHOR JOGADOR DO ANO:
- L. Messi: o mais completo, o mais discreto, a melhor individualidade para reforçar um quase imbatível colectivo e o recordista de golos num só ano.
- Cristiano Ronaldo: o mais fulgurante, o mais rápido, a individualidade que resolve jogos mesmo sem o colectivo.
- R. Van Persie: o mais elegante a jogar, inteligente, letal e meticuloso.
MELHOR TREINADOR DO ANO:
- Pep Guardiola: competência, discernimento elegância de trato, ideólogo de um futebol de uma completa densidade colectiva.
- Vicente Del Bosque: campeão do Mundo e da Europa. Um treinador afável, rigoroso, anti-moda. O exemplo da sabedoria integral.
- Jorge Jesus: inesgotável capacidade de transformar jogadores banais e inadaptados em jogadores brilhantes e polivalentes. A (parte positiva) da conta de resultados do SLB deve-lhe muito..."
Bagão Félix, in A Bola
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