"À partida para Barcelos eram conhecidas as dificuldades que se colocavam à nossa equipa, as quais se antevia só poderem ser ultrapassadas por um Benfica exclusivamente focado no objetivo da conquista dos três pontos, conseguindo-o com distinção.
A qualidade do Gil Vicente, que somava apenas triunfos nas duas primeiras jornadas e ainda não havia sofrido qualquer golo nos quatro jogos oficiais já realizados, é reconhecida por todos os analistas e foi confirmada pela forma como se bateu ontem.
E também o calendário sobrecarregado, por força da participação nas eliminatórias de acesso à fase de grupo da Liga dos Campeões, com este desafio em Barcelos, realizado menos de 72 horas depois da partida com o PSV, a intermediar o play-off da mais importante prova europeia.
O triunfo, por 0-2, começou a ser construído na forma como o Benfica encarou o jogo. A qualidade do plantel, plenamente aproveitada por Jorge Jesus ao promover a constante rotatividade dos integrantes no onze inicial, esbateu o eventual déficit físico que se poderia verificar neste confronto. Nestes seis primeiros jogos, são 16 os elementos do plantel que já alinharam de início pelo menos três vezes e entre estes apenas dois totalistas, Odysseas e Otamendi.
Não surpreendeu, portanto, que os comandados de Jorge Jesus tenham demonstrado, mais uma vez, capacidade de pressão alta e ritmo elevado na circulação de bola, obrigando o adversário a assumir uma postura progressivamente defensiva no decurso da partida, com as oportunidades de golo a acumularem-se para as nossas cores. Só a ineficácia na finalização (21 remates!) impediu o Benfica de se adiantar mais cedo no marcador, conseguindo-o finalmente à passagem do 84.º minuto, por Lucas Veríssimo, seguido de um grande golo de Grimaldo, a concluir um remate potente e colocado de fora da área aos 89 minutos.
Jorge Jesus resumiu assim a partida: "A equipa teve o mérito de ir à procura da vitória, de procurar constantemente a baliza adversária e de recuperar a bola quando não a tinha. Foi agressiva. Na primeira parte tivemos oportunidades, mas não conseguimos marcar. Na segunda, com as alterações que fizemos, o Gil Vicente teve dificuldades em acompanhar a circulação de bola e ficámos mais próximos do golo."
O nosso treinador destacou ainda o regresso à competição de Darwin: “Tivemos duas vitórias. O jogo e a recuperação rápida de Darwin. Nunca pensámos que conseguisse tão cedo. Jogou 30 minutos depois de três meses sem andamento, parado. É um jogador com um nível muito alto. (…) Mudou completamente a velocidade do jogo!"
Esta foi a sexta vitória nos primeiros seis jogos oficiais da época, um registo que já não acontecia há 39 anos, em 1982/83, na época de estreia de Eriksson no comando da equipa. E tratou-se do nono triunfo consecutivo em deslocações no Campeonato, a quinta melhor série na história do Benfica.
Fundamental para a conquista dos três pontos foram também os benfiquistas presentes em Barcelos. Foram incansáveis no apoio, que começou logo à chegada da equipa às imediações do estádio. Durante o jogo foram inexcedíveis e incessantes a empurrar o Benfica para a vitória, um apoio que se foi intensificando com a passagem dos minutos em que o resultado teimava inalterado. Foram novamente o verdadeiro 12.º jogador, determinantes para o sucesso. À Benfica!
P.S.: Parabéns à nossa equipa feminina de futebol pelo apuramento para a ronda 2 de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, na qual defrontará o Twente, dos Países Baixos. E também a Pedro Pichardo, que ontem venceu a prova do triplo salto na etapa de Eugene da Liga Diamante."
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