"No início desta semana, durante os jogos de apuramento para o europeu de 2020, a Inglaterra foi jogar à Bulgária. E tudo o que poderia ser bonito num clássico entre duas selecções cheias de história transformou-se numa lixeira a céu aberto. Ainda na primeira parte, o encontro foi interrompido por insultos racistas. E voltaria a acontecer mais à frente. Das bancadas dos adeptos búlgaros vinham cânticos trogloditas e saudações nazis.
Os jogadores e equipa técnica inglesa falaram entre si e continuaram a jogar, acabando por golear por seis a zero uma selecção búlgara que envergonha a história do futebol nesse país. Não só a Bulgária poderia ter perdido por mais, como de facto merecia ter saído do relvado com uma derrota ainda mais humilhante e pesada.
No final, Kasemir Balakov, antiga lenda do futebol daquele país e estrela do campeonato português (que é agora seleccionador da Bulgária), desmentiu os cânticos e acusou os ingleses e a Inglaterra de serem racistas. E os jornalistas búlgaros contrariaram o seleccionador inglês, Gareth Southgate, afirmando que não se tinha assistido no estádio a qualquer comportamento incorrecto por parte dos adeptos búlgaros.
Aquilo a que assistimos nesta semana foi sujo, criminoso, nojento, sem nível e não merece fazer parte do futebol. Racistas, e outros xenófobos que tais, têm de ser afastados do desporto. Não têm lugar nas bancadas, na comunicação social ou nos relvados. E não podem ser desculpados ou tratados com paninhos quentes. Gente dessa não interessa a ninguém."
Ricardo Santos, in O Benfica
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