"O leitor conhece aquele dilúvio que levou Noé a construir uma arca e abrigar dois animais de cada espécie para garantir a sua sobrevivência? Comparado com a última final do Benfica no Jamor, esse dia até estava bom para ir à praia comer uma bola de berlim e dar um mergulho. O Benfica vai iniciar mais uma caminhada na Taça de Portugal, e eu quero estar no Jamor. Quero estar preso no trânsito para chegar ao estádio, ficar à rasca para encontrar estacionamento, comer bifanas temperadas com vinho branco, limão e pó da mata, esperar cinco dias na fila para aceder às bancadas e ver tão bem a baliza do outro lado do campo como a Torre Eiffel desde minha casa. Uma final da Taça de Portugal é uma experiência fascinante. O Cova da Piedade, apesar de disputar a Segunda Liga, tem do seu lado jogadores experientes e com currículo na prova-rainha. Edinho jogou os 90 minutos quando a Académica bateu o Sporting na final de 2012, e Sami fazia parte do plantel do D. Aves que há dois anos também superou os leões no Jamor. Portanto, quem vai seguramente sair a ganhar deste duelo é o Sporting, uma vez que vai ficar já pelo caminho um emblema com potencial para fazer mossa: uma equipa onde estão dois jogadores de péssimas recordações para os sportinguistas ou uma equipa que há dois meses os goleou por 5-0.
Depois, o desafio que se segue é o Lyon, na Liga dos Campeões. No último confronto entre os dois clubes, o Fábio Coentrão ainda era um homem feliz (lembram-se daqueles dois golos?), o que significa que esse encontro já lá vai cinquenta anos. A última vitória europeia do Benfica parece que já vai há dez. Quarta-feira é para ganhar, sem desculpas."
Pedro Soares, in O Benfica
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