"No começo de Agosto escrevi aqui que a presente época talvez viesse 'a ser a mais difícil de todas (as) dos últimos cento e treze anos'. Não me sentia um profeta, nem tive acesso a um qualquer oráculo. Mas a soma do(s) conjunto(s) de factos concretos que definiam o ambiente envolvente, não deixava dúvidas quanto à previsível tensão máxima do contexto competitivo que iria iniciar-se. A resultante do impressivo domínio desportivo que o Sport Lisboa e Benfica conquistara no último lustre, entendendo-se, imperial, do Futebol à generalidade das Modalidades de alta competição, mais do que acentuar o desempenho e a força popular do Glorioso, tinha determinado a progressiva exaustão dos recursos dos nossos competidores mais directos, que lhes escancarava o abismo e a falência.
Um, há década e meia arrastado num penoso e constante quase-quase de promessas e ilusões em todos os campos; e o outro, arruinado pelo desgaste de modelos caídos em desuso e de práticas absurdas e condenadas, acabara por se deixar enxovalhar na teia das más constas e das sucessivas derrotas.
Perante a iminência das mútuas desgraças, resolveram acasalar. À pressa e com o afã de cães. Na combinata, estabeleceram como um só inimigo externo, o Benfica, a quem juraram tentar abater a todo o custo, usando as mais sórdidas armadilhas, armas e peões que a perversidade, a inveja e o ódio lhes permitia. Alarves. E sem qualquer nojo de si próprios.
Venha o que vier (porque imaginação e despudor não lhes faltará, até ao fim), nós estamos prontos. Apesar da repugnância que nos merecem, estaremos firmes e unidos.
Mas a pequenez provinciana, a cobiça e a maldade hão de acabar com eles e reduzi-los ainda mais. A nada. E muito mais depressa do que o frenesi de hoje lhe permite enxergar."
José Nuno Martins, in O Benfica
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