"Os campeonatos avançam, os interesses em jogo são conhecidos e, para os atingir há quem não olhe a meios para atingir os seus fins.
Se se deseja melhorar o clima que actualmente está instalado no futebol português há que tomar medidas duras e urgentes.
Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, esteve ontem na Assembleia da República onde foi ouvido pela Comissão que ali trata das questões desportivas. Ali traçou o quadro que caracteriza por esta altura a relação entre os vários agentes ligados ao futebol, fazendo acusações e avançando propostas. Entre estas, a da criação de uma autoridade administrativa virada para a segurança e combate à violência.
Citou, a este propósito, o tom bélico de alguns comentadores de futebol em programas televisivos, reclamando intervenção da ERC – Entidade Reguladora da Comunicação.
Não deixando de reconhecer a razão que neste aspecto assiste a Fernando Gomes, não é menos certo que lhe faltou uma palavra de condenação para com aqueles que neste momento são, entre outros, grandes fautores de causas de perturbação no futebol, os directores de comunicação dos três grandes.
Outro aspecto apontado pelo presidente da FPF aponta para a necessidade de fazer aplicar rápida e rigorosamente a legislação já existente, no sentido interditar os estádios de futebol a adeptos marginais.
Em Portugal, esse número de interditos não atinge as nove centenas, enquanto na Inglaterra, por exemplo, com leis muitos semelhantes, esse número quase chega a quinhentos adeptos sob castigo.
A manter-se a situação e perante a passividade que está à vista em todos os domínios, a situação tenderá inevitavelmente a deteriorar-se.
Os campeonatos avançam, os interesses em jogo são conhecidos e, para os atingir há quem não olhe a meios para atingir os seus fins.
Este é o tempo de prevenir, para evitar que mais tarde seja necessário remediar."
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