"É um clássico da Disney com o qual me cruzei por acaso e, de tão estranho, admito que ande fora do circuito habitual. Mickey e Minnie vão parar a uma cidade onde tudo acontece ao contrário do que nos parece normal: por exemplo, ao irem a uma loja fazer compras recebem, do vendedor, o artigo pedido e ainda dinheiro. Ao insistirem que querem eles pagar, a polícia é chamada e os dois ratos acabam na cadeia.
Este episódio tem largas dezenas de anos, mas se um dia a equipa da Disney resolver fazer-lhe uma actualização pode - fica a sugestão - colocar os heróis num avião e fazê-los aterrar em Portugal. É que por cá nada é como seria suposto. Para simplificar esta crónica, falemos apenas de futebol.
No Sporting, por exemplo, a permanência do treinador que ganha uma Taça e faz campeonato dentro das expectativas (das realistas, não das megalómanas) é assunto incómodo para o presidente, e nem o facto de Marco Silva ter mais três anos de contrato o leva a garantir perentoriamente que são falsas as notícias de que o mister terá guia de marcha...
Pior ainda está o Benfica. Além de se passar a mensagem de que Jesus só renova contrato se aceitar baixar o ordenado, os dirigentes que andaram anos à procura de treinador que fosse capaz de ganhar um campeonato estão agora com dúvidas sobre se devem continuar com aquele que conquistou 10 títulos em 6 anos (três campeonatos, uma Taça de Portugal, 5 taças da Liga e uma supertaça).
PS: Há anos que a União Europeia tenta legislar no sentido de moralizar o negócio do futebol, mas sempre a medo. Também por isso, o facto de a machadada na FIFA ter sido dada pela justiça norte-americana é uma enorme derrota política."
Nuno Perestrelo, in A Bola
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