"Nova nuance de jogo com Rafa na posição “10” nas costas da linha avançada, transportou a criação dos encarnados no corredor central para outro patamar. E perante um corredor central tão preenchido e em superioridade numérica, porque Alfa baixava em organização defensiva, para junto da última linha, as dificuldades vimaranenses na abordagem à partida foram imensas. E nem foi preciso ao Benfica acelerar muito.
Se aos três centrais juntarmos João Mário e, agora, Rafa mais por dentro, verificamos com facilidade o porquê de o Benfica desta época ser uma equipa mais controladora e com, cada vez mais, capacidade criativa. Primeiro porque concentra mais gente no corredor central, onde tudo acontece, e porque, para além disso, perde muito menos vezes a bola que no passado, com elementos como Gabriel ou Taarabt.
Depois Lázaro. Não sendo um primor técnico, o austríaco é veloz, como Diogo, mas é muito mais forte nos duelos do que este ou Gilberto. Com e sem bola. Características às quais junta conforto em posse e alguma qualidade em associar-se, ligando com os colegas por dentro e, ainda, uma boa capacidade de cruzamento.
Yaremchuk a baixar em apoio e trazer o seu marcador, desmontando a última linha adversária, permitindo a Darwin e Rafa explorar o espaço atacando a última linha em diagonais sem bola que foram causando perigo e permitindo que ele próprio, numa segunda vaga, aparecesse a finalizar.
O Vitória entrou um pouco mais no jogo, na segunda parte, após ter subido a sua linha de pressão e, assim, condicionar a saída a três pelos centrais encarnados, que começaram a somar mais perdas de bola para as àguias, levando o jogo para um contexto de maior agrado para os vimaranenses: mais partido e, por isso, com mais transições.
Um contexto que se tornou mais evidente com as saídas de Weigl e João Mário. Meité e Gedson estão muito distantes dos colegas, sobretudo na gestão da posse. Foi, por isso, que os encarnados tiveram que sofrer um pouco mais sem bola e num bloco mais baixo, após o reduzir do marcador vitoriano.
Homem do Jogo
Yaremchuk trabalhou muito a baixar em apoio para ligar, mas depois apareceu naquilo para que foi contratado e naquilo que melhor sabe: finalizar. O ucraniano mostrou hoje os seus créditos de avançado que melhor define nas águias. Destaque para o primeiro golo. Pura classe a desviar a bola do alcance de Trmal."
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