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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Sporting CP 1-0 SL Benfica: “Jogo da Tripla” é favorável ao leão


"A Crónica: Cabeçada Certeira de Matheus Nunes Faz Sonhar o Leão
Nove, seis ou três (pontos) – as contas de mais um dérbi entre Sporting CP e SL Benfica eram à volta destes três números, que poderiam ter algum peso no futuro a médio-longo prazo nas contas do título: a vitória leonina aumentava a vantagem, o empate deixava tudo na mesma e um triunfo encarnado ditava uma redução pontual.
Neste “Jogo da Tripla”, onde o Dragão também entrava na equação, quem acabou por sorrir foi o leão, já que venceu a águia pela margem mínima, aumentando assim para nove pontos a vantagem sobre o eterno rival. O golo tardio de Matheus Nunes ao cair do pano foi o suficiente para os comandados de Amorim festejarem uma vitória muito importante.
Fruto da liderança, o Sporting CP entrou mais confortável na partida, a ter mais bola e fazer boas combinações entre todos os elementos à procura de desfigurar o modelo de jogo encarnado. Se a entrada do SL Benfica na partida já não tinha sido positiva, ficaria ainda pior com a lesão do capitão Jardel aos 10 minutos (foi substituído por Gabriel). Com esta mudança forçada, Julian Weigl recuou no terreno, passando a ser o terceiro central.
A ânsia de ver o dérbi lisboeta rapidamente deu lugar à frustração, pois, em termos de espetacularidade, o jogo entre os eternos rivais não estava a corresponder às expetativas iniciais: muita disputa de bola a meio-campo e pouco espaço para os mais criativos dos dois lados poderem evidenciar toda a sua criatividade. Foi preciso esperar até aos 35 minutos para se ver a primeira ocasião de perigo: vindo de trás, Pedro Porro apareceu em zona adiantada no terreno e rematou para fazer o 1-0, só que um desvio da defesa encarnada impediu a pretensão do lateral espanhol. O lance motivou o conjunto sportinguista que, aos 40’, num pontapé de canto do lado direito, Tiago Tomás desvia ao primeiro poste e, no segundo, aparece Neto que tinha tudo para marcar, mas não conseguiu acertar na baliza.
Com poucos lances de perigo, esperava-se (muito) mais dos 22 jogadores na segunda parte, embora o sinal mais do primeiro tempo tenha pertencido ao Sporting CP que estava a jogar mais em transição, sabendo que poderia ser essa a fórmula para resolver o encontro. O SL Benfica ressentiu-se muito do recuo de Weigl, o que levou a uma perda de qualidade no seu meio-campo e, consequentemente, na sua forma de atacar.
O intervalo fez de facto bem às duas equipas, já que o início de segundo tempo foi eletrizante! Primeiro foi Darwin aos 46’ a receber bem nas costas de Coates e a disparar forte para defesa atenta de Adán. Na resposta, Pedro Gonçalves recebeu de Tiago Tomás e rematou à entrada da área, valendo o bloqueio de Weigl a impedir mais um golo do número 28 dos leões.
O jogo estava bem mais vivo, sobretudo o SL Benfica que estava agora com maior iniciativa. Rúben Amorim percebeu esse crescimento e colocou João Palhinha para estancar as ofensivas encarnadas. Essa substituição ajudou o leão a equilibrar forças no meio-campo e voltar a crescer na partida, o que trouxe maior incerteza aos últimos 10 minutos da partida.
O jogo estava aberto e podia pender para qualquer lado. O certo é que a “estrelinha de campeão” está mesmo com o Sporting CP, e eis que quase num “golpe de teatro” surge o golo que pode valer mais que uns simples três pontos: aos 90+2’, Porro cruza do lado direito para soco de Vlachodimos, onde a bola vai ter à cabeça do leão Matheus Nunes que faz o primeiro e único tento da partida que garante uma vitória muito importante e mostra bem que este Sporting CP está mesmo com vontade de ser campeão. 

A Figura
Matheus NunesGrande exibição do jovem leão que foi importante para a vitória sobre o Benfica. Escolhido para render João Palhinha, Matheus Nunes foi um elemento no meio-campo leonino que conferiu maior capacidade de ter bola e criar desequilíbrios em ataque posicional. A boa performance foi recompensada com o golo ao cair do pano que garante uma vitória importante no final da primeira volta.

O Fora de Jogo
Darwin Núñez O avançado uruguaio passou completamente ao lado do jogo. Habituado a ter companhia na frente de ataque, Darwin foi a única referência na frente ofensiva encarnada e isso acabou por fazer a diferença para a exibição cinzenta do número nove. Muito desapoiado, nunca conseguiu criar espaços devido à forte marcação feita pelo seu compatriota Sebastián Coates. 

Análise Tática – Sporting CP
A possibilidade de aumentar ainda mais a distância para o eterno rival era um motivo mais que suficiente para o Sporting CP ir em busca de mais uma vitória. Havia dúvidas quanto à possível presença de João Palhinha no onze inicial – depois da despenalização do número seis a meio da tarde -, mas o treinador leonino Rúben Amorim optou por relegar o médio português para o banco de suplentes, colocando assim Matheus Nunes de início no já bem rotinado 3-5-2.
No primeiro tempo, o conjunto verde e branco até foi tendo maior iniciativa, mas o Sporting CP apostou mais em colocar bolas na costas da defesa encarnada, tentou explorar a velocidade de Tiago Tomás, algo que deixava sempre o SL Benfica em grandes dificuldades para manter o longe o perigo. 
Os primeiros minutos trouxeram um Sporting CP a jogar mais na expetativa, dando iniciativa ao adversário. A entrada de Palhinha ajudou a estancar as pretensões encarnadas em marcar. Com o aproximar do final do encontro, o jogo estava partido e a “estrelinha de campeão” apareceu com o tento do leão Matheus Nunes.

11 Inicial e Pontuações
António Adán (6)
Nuno Mendes (6)
Luís Neto (6)
Sebastián Coates (7)
Zouhair Feddal (5)
Pedro Porro (7)
Matheus Nunes (8)
João Mário (6)
Pedro Gonçalves (5)
Nuno Santos (6)
Tiago Tomás (5)
Subs Utilizados
Jovane Cabral (5)
João Palhinha (5)
Bruno Tabata (5)
Daniel Bragança (-)

Análise Tática – SL Benfica
Com um atraso de seis pontos face ao líder leonino, as águias jogavam em Alvalade uma cartada importante na luta pelo título. Ainda sem o técnico Jorge Jesus presente no banco, o adjunto João de Deus voltou a comandar a equipa encarnada, tal como havia acontecido no jogo anterior, a contar para a Taça de Portugal. Quanto ao onze, houve o regresso de jogadores que tiveram Covid-19, mas a grande surpresa passou pela estratégia montada com um sistema com três centrais.
A entrada na partida ficou marcada pela lesão de Jardel aos dez minutos, o que obrigou Weigl a recuar no terreno para ser o terceiro central. Com esta mudança tática, o Benfica perdeu qualidade de jogo e tentou a maioria do primeiro apostar na velocidade de Rafa Silva para criar algum lance de perigo, só que a defesa leonina estava bastante concentrada e não ia dando grandes espaços.
O intervalo fez bem aos jogadores encarnados que vieram com outra motivação para atacar mais e correr maior riscos, e até teve algumas ocasiões para chegar à vantagem. Com o passar do tempo, o leão foi voltando a estar por cima do jogo e as águias acabaram por sofrer um golo que pode ter sentenciado as aspirações do SL Benfica na luta pelo título.

11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (5)
Gilberto (5)
Jan Vertonghen (5)
Nicolás Otamendi (6)
Jardel (-)
Grimaldo (6)
Julian Weigl (5)
Pizzi (5)
Franco Cervi (5)
Rafa Silva (5)
Darwin Núñez (4)
Subs Utilizados
Gabriel (5)
Adel Taarabt (5)
Haris Seferovic (4)
Nuno Tavares (3)

BnR na Conferência de Imprensa
Sporting CP
Não foi possível colocar pergunta ao treinador do Sporting CP, Rúben Amorim.

SL Benfica
Não foi possível colocar pergunta ao treinador-adjunto do SL Benfica, João de Deus."

2 comentários:

  1. A chegar ao final da 1ª volta, é este o panorama do nosso descontentamento:
    a 9 pontos do líder / a 5 do Porco / a competir com o Braga pelo 3º lugar.
    Haverá algum benfiquista sério, com a cabeça equilibrada e os pés bem assentes na terra, que não tivesse antevisto esta miséria? Era mais do que previsível que o desequilíbrio do plantel, que vinha desde o tetra, poderia dar nisto.
    O som das contratações e as carradas de milhões que se dão por elas, não equilibram plantéis. O que equilibra um plantel é a escolha criteriosa, responsável e cirúrgica de atletas escolhidos a dedo para suprir as necessidades e constituir uma equipa desportivamente competitiva e produtiva nos resultados. Gastaram-se 100 milhões, e a equipa piorou. Porque se sobrevalorizaram jogadores que tardam em demonstrar (alguma vez demonstrarão?) a valia correspondente ao que custaram. E são legítimas as suspeitas dos adeptos e dos sócios (que são o sangue e a alma do clube) de que haverá quem tenha lambido os dedos no mel e arrecadado lautos proveitos com estes negócios falhados, e tanto mais quanto têm sido recorrentes nas últimas épocas. Deixou de se contratar no mercado nacional (mania de novo-rico, alucinação de quem vê luzes, ou algo muito mais grave e em que eu não quero acreditar?), bem mais acessível, e assim deixámos que os rivais levassem Taremi, Zaidu, Manafá, Nuno Santos, Pedro Gonçalves... Mandámos Vinícius embora e não temos melhor que ele. A prospeção deve ser cega (se se estão a marimbar para ela, peço desculpa), se não vê jogadores como Bruno Fernandes e Trincão e Matheus Nunes e Porro e Luís Diaz e Marchesin... Os melhores produtos da formação são mandados embora ou não jogam. Asneirada atrás de asneirada. Parece que a nossa direção quis dar uma mãozinha aos rivais «falidos». Pode ser suposição minha, mas que parece evidente, parece.

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  2. Continuação:
    «O próximo mandato será o da afirmação desportiva», prometeu LFV (senhor de um rol infame de incumprimento de promessas feitas aos benfiquistas). Mas o que fez? Trouxe de volta JJ, contra a vontade de larga faixa da família benfiquista (que tem memória e não esqueceu o comportamento do treinador quando foi para o rival, e que sabe no que deram os regressos de outros treinadores ao clube), e desatou a contratar na casa dos 20 milhões, sem o critério de reforçar os setores e posições deficitários aos olhos do mundo, até do adepto comum, que não é treinador, mas que também não é burro e sabe ver futebol. Não se aproveitou a última janela do mercado para reforçar a equipa onde ela necessita de equilíbrio e de qualidade. Estaremos assim tão bem nas laterais e no meio-campo (para já não falar na frente de ataque)? Não estamos, qualquer adepto sabe que não estamos nada bem nesses setores, e a vida demonstra-o à saciedade.
    Ontem perdemos e perdemos bem, contra uma equipa de tostões que mereceu ganhar. Jogámos contra uma equipa, formada e treinada com inteligência por um treinador jovem sem peneiras, que não é cagão, mas que não anda cá por ver andar os outros. Ganharam no último minuto? E se fôssemos nós que tivéssemos ganho dessa maneira (como já tem acontecido), senhores comentadores da BTV? Já seria de grande equipa e de campeões?
    É isto o atual Benfica – entregue aos «sabemos o que estamos a fazer», «vamos melhorar», «ainda há muito para ganhar», «ainda é possível». E não só no futebol, as modalidades também andam ao Deus-dará, com plantéis pouco competitivos e/ou desequilibrados, plantéis para perderem títulos. O aventureirismo, a irresponsabilidade e o desnorte imperam na estrutura «10 anos à frente» e no clube como um todo. A grande instituição Sport Lisboa e Benfica é atualmente uma embarcação sem rumo e com rombos graves que o capitão e os seus tenentes (quantos serão adeptos dos rivais/inimigos?) não querem admitir e negam, e que os acólitos (os Guerras e quejandos da BTV) não têm a coragem nem a honestidade intelectual para denunciar, porque mamam e não querem perder a gamela. A massa dos adeptos e dos sócios conta apenas como fregueses tolos, acéfalos e refilões, e vê a sua inteligência, o seu amor e paixão pelo clube diariamente insultados. Eu sinto-me insultado.
    Para finalizar e pra que não restem dúvidas, não, eu não sou daqueles que desistem por estar a ver o meu clube do coração tão maltratado. O clube é o clube e é eterno. Quem o gere, a meu ver irresponsavelmente e com dolo, passará. Continuarei a pagar a BTV e as minhas quotas de sócio, na esperança de dias menos sombrios.
    Tenham vergonha e vão-se embora, coveiros do meu Benfica!

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