"O que parecia ser uma árdua tarefa, terminou de forma bem folgada. Foi assim que o Benfica ultrapassou o CF Estrela da Amadora.
A apatia voltou a apoderar-se dos encarnados durante um largo período da partida, mas cada bola que beijava o fundo das redes tricolores, era como que mais uma amarra da qual o Benfica se soltava, terminando o jogo com um nível de fluidez significativo.
- Os anfitriões apresentaram-se num 4-4-2 altamente compacto! Linhas muito juntas e articuladas, mas também uma velocidade nas basculações notável! Por consequência, pouco espaço para jogar por dentro do bloco do Estrela, mas também muito complicado apanhá-los desprevenidos, mesmo quando a bola chegava rápido ao lado contrário.
- Em sentido inverso, havia espaço para explorar à profundidade, sobretudo nas costas do Estrela, que se posicionava num bloco médio. Tal como referimos aquando do empate do Benfica frente ao Santa Clara, os movimentos de rutura são essenciais neste cenário. Foi esse o ponto de desequilíbrio em grande parte das jogadas de perigo do Benfica, incluindo alguns dos golos.
- À medida que o tempo foi passando, o desgaste físico fez-se sentir e a equipa do Estrela começou a abrir brechas em vários pontos do seu bloco. No final da partida, os espaços a explorar pelo Benfica eram mais que muitos e isto tornou a circulação muito mais rápida e fluída.
- Destaque para a utilização dos corredores como forma de chegar ao último terço. Olhando para o Benfica dos últimos tempos, hoje foi um dia de exceção, dada a quantidade de desequilíbrios que o Benfica conseguiu criar.
Destaques individuais
Pedrinho – uma vez mais, pormenores técnicos de grande qualidade. A forma como assiste Waldschmidt é o expoente máximo da sofisticação: deu um ligeiro efeito na bola ao tocá-la de trivela, para o que alemão a pudesse receber orientado para a baliza e finalizar. Dado o pouco espaço que teve no período em que o Estrela esteve juntíssimo, arranjou sempre soluções, sobretudo através do passe, para desequilibrar… ou para dar condições aos colegas para o fazer.
Diogo Gonçalves – não só rubricou uma boa exibição, mas também foi uma peça chave a nível tático: atacou o espaço, acelerou pelo seu flanco quando o Benfica lá conseguia criar espaço e ainda assistiu. Muita qualidade deu hoje Digi ao jogo exterior do Benfica!
Paollo Madeira – jogador bastante interessante, que criou vários problemas à defensiva do Benfica, sobretudo pela sua velocidade! Na época passada, fez 29 golos em 17 jogos pelo Farense 1910 (equipa B dos algarvios). Chega?"
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