"1. O único produto doc que o futebol italiano tem para exportar são os treinadores, todos eles saídos da melhor escola do mundo na modalidade. Os ingleses, esses terão inventado o jogo, mas ninguém o sabe ensinar melhor do que estes. Ranieri lidera a Premier League, Ancelotti vai substituir Guardiola no leme do transatlântico Bayern, Conte vai assumir as rédeas do Chelsea, De Biasi conduziu a Albânia ao próximo Europeu, Allegri, Sarri e Spalletti ocupam, por esta ordem, as três primeiras posições da Série A, donde dificilmente serão já desalojados.... Se a estes juntarmos os mais traquejados e plurititulados Trapattoni, Sacchi, Capello, Lippi, Prandelli, Mancini... temos um quadro esclarecedor da excelência do ensino em Coverciano (Florença), local da Casa do Futebol italiano. Não espanta, assim, que por todo o lado se encontrem a trabalhar técnicos transalpinos, desde Inglaterra e França até à China e Índia.
2. Depois de ter processado um portista genuíno e ilustre, de que o clube se devia sentir orgulhoso, como Miguel Sousa Tavares, por aqui ter escrito verdades que toda a gente conhece, mas ninguém ousa denunciar, seria não só impensável, mas até inimaginável que Pinto da Costa ficasse por aqui. É que na edição da passada quinta-feira, o jornal Correio da Manhã preencheu quase toda a capa com o seguinte título em caracteres garrafais: «Família de Pinto da Costa suga o Dragão». Mas não foi tudo. Nesse mesmo dia, na última página, o Director-Adjunto do já referido matutino, Carlos Rodrigues (a quem peço vénia para citar), engrossou a dose com mais algumas linhas, nas quais destaco esta verdadeira pérola: «o clube capturado por dentro rapidamente se transformou numa linha de montagem de negócios mafiosos». E agora, como será a reacção de Pinto da Costa?"
Manuel Martins de Sá, in A Bola
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