"O jogo de Munique é mais do que um jogo e mais do que uma eliminatória europeia para o Benfica. É um desafio à dimensão competitiva do clube, é o regresso a uma montra da mais fina joalharia do futebol europeu e mundial.
Trata-se, pois, de uma oportunidade muito especial. Mesmo considerando que o futebol é uma das modalidades desportivas com resultados menos previsíveis, sinceramente, acho que a possibilidade do Benfica, neste tempo e neste momento, eliminar o Bayern está no domínio dos milagres. Porém, é particularmente importante que seja a própria equipa do Benfica a compreender que há muito mais em jogo do que o resultado. Há, acima de tudo, a consolidação de uma ideia de crescimento e de afirmação internacional. Entendamo-nos: é óbvio que o título de campeão nacional é o mais importante para os adeptos - Jorge Jesus não se cansa de o lembrar - mas a verdade é que nenhum clube português pode crescer, apenas, com vitórias e títulos nacionais. O nosso futebol pode não ser tão pobre quanto os mercados internacionais entendem que é, mas tal como infelizmente sucede em muitos sectores da vida dos homens e dos países, para o mundo, o que parece, é.
Um Benfica forte, personalizado, inconformado, resistente, selvagem, no bom sentido do termo, capaz de se atrever a discutir o jogo e a eliminatória com o Bayern teria enorme força mediática universal. E isso também seria uma conquista importante para um grande clube de um país pequeno como o nosso. De resto, e para sermos pragmáticos, o único jeito desse clube não ser pequeno."
Vítor Serpa, in A Bola
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