"Salónica - O duelo PAOK-Olympiakos, da primeira mão das meias-finais da Taça da Grécia, anteontem, mais pareceu um cenário de guerra. Esta é daquelas coisas que preferia não ter visto ao vivo e a cores. Comecemos pelo início. O Olympiakos é o ódio de estimação do PAOK, do AEK e do Panathinaikos. E porquê? Primeiro, porque ganha sempre: campeões 18 vezes nas últimas 20 temporadas. A par disso, esses clubes queixam-se de favorecimento ao gigante de Atenas. Este é um tema antigo, mas que nos últimos anos tem vindo mais à baila. E aquele circo começou exactamente quando o árbitro não viu uma grande penalidade a favor da equipa da casa a três minutos dos 90'. Mas não há motivo que justifique aquele comportamento arruaceiro e violento dos adeptos de Salónica.
Vivo cá há quase três anos e o fanatismo deles sente-se por toda a cidade. São os PAOKARAS. São os tais que criam ambientes frenéticos, coreografias espectaculares e cantam até perderem a voz. Mas são os mesmos que, quando a equipa não ganha, intimidam os jogadores. Eis a fórmula do bestial e da besta tão normal aqui. Ainda há três semanas, tive de correr e esconder-me numa casa das máquinas, porque queriam invadir o balneário, depois da derrota frente ao Iraklis, outro clube de Salónica.
E para rematar: tenho pena desta polícia. É que estes adeptos (chamemos-lhes assim) não têm medo de nada, nem de ninguém. Não recuam. É um ódio tão grande que só o gás pimenta os faz parar."
Tânia Ferreira Vítor, in A Bola
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