"Anteontem, na Grécia, assistimos uma vez mais a cenas de terror dentro dum estádio de futebol. E desta vez com Marco Silva no olho do furacão. Depois de, na época passada, em pleno derby de Atenas, Vítor Pereira, então treinador do Olympiakos, se ter aproximado dos adeptos do Panathinaikos dando início a uma série de perigosos arremessos de tochas que o obrigaram a refugiar-se no balneário, desta vez foi o ex-treinador do Sporting a ser atingido por uma garrafa durante duelo da Taça da Grécia entre o PAOK, de Miguel Vítor, e o Olympiakos. Seguiu-se invasão do relvado, fumo por todo o lado e mais tochas, num cenário de guerra que, perante o olhar cada vez mais habituado dos adeptos locais, se repete semana após semana em terras helénicas.
O governo grego tenta travar a onda de violência suspendendo temporariamente competições. Mas, depois, tudo volta ao mesmo. Não será hora de as instâncias internacionais tomarem medidas, sob risco de um dia algo de muito grave acontecer a adeptos, jogadores ou treinadores? Considero que sim. Que UEFA e FIFA deveriam olhar seriamente para a situação e, com muita urgência, fazer uso de mão pesada.
Nos anos 80, a suspensão por cinco épocas dos clubes ingleses das provas internacionais trouxe resultados positivos e antes inimagináveis, afastando dos estádios os hooligans e trazendo para eles a saudável convivência das famílias. Não será possível fazer o mesmo na Grécia?
Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, promoveu ataque sem precedentes a nove (sim, nove!) alvos, a maioria com ligações ao Benfica. E... nas vésperas do derby. O governo está preocupado. E deve estar. Um Sporting-Benfica de luta pelo título nacional já é naturalmente escaldante. Não precisa da lenha que Bruno de Carvalho está a atirar para esta fogueira, sob risco de muito em breve estarmos a assistir a cenário semelhante ou, quiçá, pior do que o que temos visto na Grécia..."
João Pimpim, in A Bola
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