"Na hora de festejar o 37, Bruno Lage fez um discurso repleto de desportivismo, apelando ao respeito pelos adversários. Luís Filipe Vieira, título após título, não se cansa de repetir que ganhamos por nós e não contra os outros.
Que me perdoe o mister, que me perdoe o presidente. As palavras são bonitas e pedagógicas, mas este título, este em particular, não pode deixar de me fazer recordar o quanto nos fizeram sofrer nos últimos dois anos, com os ataques mais violentos de que há memória no desporto, ou mesmo na sociedade portuguesa. Este título, este em particular, não pode deixar de ser contra todos os que idealizaram, executaram, promoveram e alimentaram esses ataques - que visavam desunir e destruir o nosso clube. E a esses, caro presidente, caro mister, os benfiquistas jamais irão perdoar.
Este título é pois um grito contra eles. Percebe-se, pelas declarações de alguns jogadores, que tal sentimento também alimentou o balneário ao longo da época. Também os nossos profissionais sentiram o seu trabalho muitas vezes injustiçado e posto em causa.
O que não nos mata torna-nos mais fortes, e o Benfica é demasiado grande para ser desrespeitado. Reagiu como melhor sabe: dentro do campo.
O campeonato agora concluído serve ainda para sedimentar a clara hegemonia benfiquista no futebol português da última década. Não fossem dois pontapés fortuitos em tempo de descontos (2013 e 2018) e estaríamos agora a falar de um Hepta-Campeonato – como a Juventus em Itália, ou o Bayern na Alemanha. Assim são “apenas” cinco títulos em seis anos, ou seis em dez, conforme se preferir.
Venha então o 38."
Luís Fialho, in O Benfica
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