"O presidente do Sporting luta contra destino certo de forma quixotesca, levando a sobrevivência pessoal para patamares nunca antes frequentados
Por estes tempos Bruno de Carvalho faz lembrar a odisseia de Pedro Dias quando andou a monte. O protagonista fugia a todas as polícias, ludibriava todas as dificuldades, sobrevivia a pão e água, ninguém o detinha, era a notícia permanente, parte da opinião pública já sentia uma simpatia pelos seus feitos de herói improvável, independentemente da gravidade dos seus actos.
Também o presidente do Sporting luta contra um destino certo, de forma quixotesca (para alguns grotesca), levando a arte da sobrevivência pessoal para patamares nunca antes frequentados no desporto nacional.
Desapareceram os apoios o líder leonino, fugiram-lhe os jogadores, rareia e bom senso, falta-lhe o sentido de oportunidade, mas não lhe falta nem a coragem, nem a determinação.
Numa época de defeso, com tão poucas notícias relevantes, até me parece mais divertida esta novela verde e branca, que ter que ver directos da Rússia para me elucidar sobre o penteado do Ronaldo, qual o vestido da jornalista mexicana que gosta de Portugal, que prato prefere o único português que vive a 200 Km de Kratovo, sobre a expectativa do cozinheiro que prepara o pequeno almoço, ou qual a nacionalidade do homem que corta a relva do campo de treinos.
Com a soporífera e irrelevante catadupa noticiosa vinda da Rússia, este Sporting é suculento e recheado de interesse, numa época de escassas notícias.
O Benfica realizou esta semana a sua assembleia geral com êxito e urbanidade.
Lançada por alguns meios de comunicação social em moldes catastróficos, vivemos uma assembleia de um clube grande, institucionalmente maduro, onde as críticas, sugestões e elogios conviveram em clima de grande benfiquismo para desgosto de quem se alimenta dos nossos fracassos ou percalços.
Foi em assembleia geral à Benfica que se aprovou (79,5 por centro) o orçamento, e será à Benfica que se lançará a próxima época.
O Benfica desta pré-época parece acertar nas contratações, antecipou as necessidades e não esperou pelo fim do mercado.
A 31 de Agosto, já foram disputados nove pontos da liga nacional, e uma entrada na liga dos campeões que significa milhões.
Não há tempo a perder, com tanto que há para ganhar. Este ano estou a gostar."
Sìlvio Cervan, in A Bola
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