"Foi uma noite de alto valor pedagógico para a selecção portuguesa, mais até do que a final do Euro"2016
Nenhum grupo de jogadores neste Mundial ganhou tanto como a selecção espanhola. Entre eles, há uma pilha de Ligas dos Campeões, Ligas Europas, várias finais, dois Europeus, um campeonato do mundo e talvez uma dúzia de títulos internacionais na formação. Sustenta-se em três das melhores equipas do planeta, duas delas as actuais titulares da Champions e da Liga Europa. Essa é uma distância que não se recupera com treinos, nem palestras; recupera-se ganhando e, sobretudo, sofrendo jogos como o de ontem à noite, com a consciência de que não haverá muito melhor nem mais difícil. Aqueles são os limites do futebol. A Selecção sentiu-os na pele e viveu para contar, ainda que o tenha feito à custa da falta de limites de Ronaldo. Descontando o factor monstro e a escassez de jogos destes no portfolio da maioria dos colegas (nem a final do Europeu teve um grau de dificuldade tão alto), Fernando Santos viveu uma noite muito rentável, mesmo acabando no empate do costume e sabendo que talvez venha a ser usado, como em 2016, para desvalorizar a equipa dele. Antes que o façam, fica um contributo: foi uma grande noite de bola, cheia de pequenas nuances, que vão das mais corriqueiras (como o VAR) até às mais profundas, como a questão filosófica entre a posse e os desapossados. Mais: a selecção de Santos fez muito e tem por onde melhorar; a de Hierro joga tão bem que não se vê como possa fazê-lo."
José Manuel Ribeiro, in O Jogo
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