"Domingo é dia de ir às urnas. As eleições têm sido tema central ao longo do mês. Debates; cartazes afixados pelos país; comícios; viaturas equipadas a rigor com as respectivas cores partidárias e altifalantes que intercalem apelos ao voto com cantigas populares.
No meio desta azáfama, confesso sentir-me um pouco dividido entre as carripanas que ecoam pelas ruas cantigas de Maria Leal e aquelas que entoam melodias de Saul Ricardo. Estilos distintos, mas igualmente esclarecedores relativamente às ideologias das candidaturas. De um lado facções preocupadas com o entretenimento nocturno que anunciavam uma 'Ladies Night'. Na ala oposta, outros privilegiam a gastronomia e espalham a boa nova: 'o bacalhau quer alho'. Prioridades.
Perante estes dados, imagino que o leitor esteja tão indeciso quanto eu nesta contenda. De facto, há muito matéria que pode ser questionada em Portugal: a celeridade da justiça; o serviço nacional de saúde; o fora de jogo assinalado ao Moreirense na primeira parte do jogo contra o Sporting. Todavia, não creio que haja um único cidadão desafinado com a opinião de que este método de campanha política é verdadeiramente útil.
Apesar de louvar tão empolgantes doutrinas, o meu voto será noutro sentido. Estou fascinado por um indivíduo que corresponde ao perfil ideal de político de sonho. Alguém que não corta rigorosamente nada - excepto ataques perigosos. Não aumenta os impostos - mas aumenta a liberdade de Pizzi em campo. Não esbanja dinheiro - apenas sujeita a uma despesa extra em chantagem em meados de Maio. Domingo, a minha caneta irá rubricar no boletim de voto: Ljubomir Fejsa."
Pedro Soares, in O Benfica
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