"O assunto é de somenos, é um pouco como aquelas melguitas irritantes que, apesar de pequenas e despiciendas, acabam por, de quando em vez, nos alterar o sossego, conseguindo zumbir irritantemente nos nossos ouvidos. O assunto prende-se com o desatino que o perorador dominical Rui Santos teve para com o bicampeão europeu António Simões, na SICN, no passado domingo. Durante anos, Rui Santos especulou, disfarçando a especulação na máscara de opinião imparcial, a solo, em contraditório. Associou-se a causas alheias e tomou-as como suas (a tecnologia ao serviço da verdade desportiva), inventou ligas e verdades relativas, apresentou probabilidades remotas como factos e, com o tempo, transformou-se numa espécie de atracção circense do mundo da bola. Certo dia, num qualquer outro programa, teve o contraditório de Humberto Coelho e Toni. A coisa correu-lhe mal, levou uma lição sobre futebol, em directo. No passado domingo, e quando se preparava para opinar/especular sobre o investimento do Benfica no futebol, ouviu um suspiro de António Simões e foi quanto bastou para que o opinador se indignasse, aquilo saiu em tom pequeno, pequenino, minúsculo. Foi uma indignação em tom de birrinha infantil, afirmando que Simões lhe dava vontade de rir. Simões tratou do assunto como se trata de uma melguita e seguiu em frente. Mas não há problema, o opinador/especulador continuará (a bem do seu conceito de verdade e imparcialidade) a perorar como sempre e a lidar mal com o contraditório como sempre. E, também como sempre, resta ao espectador largar um suspiro e mudar de canal."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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