"Só num clube sem cultura de vitória se pode relativizar a derrota numa meia-final de uma competição. Por isso, para mim, a derrota de Braga foi frustrante. Queria ganhar, estávamos a um jogo mais de ganhar um título. Este sentimento é um tributo às últimas quatro conquistas desta prova. O Benfica não teve uma primeira parte conseguida, mas na segunda com as alterações realizadas por Jorge Jesus a equipa foi melhorando. Não me vou queixar de uma arbitragem que prejudicou o Benfica, porque se houvesse (e houve) um penalty a nossa favor haveria 60% de hipóteses de o falharmos.
As opções para esta época são agora mais limitadas, tentar vencer o que falta é obrigatório. Domingo, em Aveiro, e quinta-feira, na Luz, com o Bordéus, não há espaço para a gestão da ambição. Veremos se é possível conseguir fazer desta a época de títulos que sonhamos desde início.
No jogo internacional a falta de Matic é seguramente um problema. O Bordéus, que tem dificuldade em assumir e controlar o jogo, é do tipo de equipas que o Benfica não gosta, fechada, joga no erro do adversário, explora qualquer desequilíbrio que possa encontrar. Vamos ter pela frente uma equipa matreira. No entanto podemos e devemos ambicionar estar nos quartos de final de uma prova europeia.
Hoje, no futebol, a capacidade de colocar velocidade é decisiva, sempre que o Benfica o consegue fazer é demolidor. Em Aveiro tem que ser assim desde início para ficar a coberto de surpresas. Em Aveiro temos mesmo que procurar a vitória porque esta não nos cairá do céu. Nesta parte da época as surpresas são fatais. Benfica e FC Porto têm jogos teoricamente acessíveis mas «cautela e caldos de galinha não fazem mal a ninguém».
Non habemus Taça da Liga mas ainda poderemos exclamar habemus Campeonato e habemus Taça de Portugal."
Sílvio Cervan, in A Bola
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