"Enquanto a nossa equipa se prepara para a final da Taça de Portugal, o dossier treinador estará com certeza prestes a ser concluído, tendo em vista a próxima temporada. O treinador é hoje uma figura central no projecto desportivo de qualquer clube. E a sua escolha deve revestir-se do maior rigor.
No Benfica da última década, todos os treinadores se sagraram campeões nacionais - o que significa que, à sua altura, todos eles terão sido bem escolhidos.
Nada é perpétuo, as circunstâncias alteram-se, e há momentos em que é preciso mudar. Estamos num desses momentos.
Nesta fase precisamos de alguém bastante experiente (lacuna que, em determinadas ocasiões, poderá talvez ter penalizado Bruno Lage), com forte capacidade de liderança, profundamente conhecedor do futebol português, e capaz de rentabilizar os nossos jogadores (o que permitiria recuperar o investimento realizado, pois, como diz o povo, o barato sai caro, o vice-versa). Estou seguro de que a decisão a tomar não será condicionada por quaisquer estados de alma, visando apenas o melhor para o Clube, e o exigível regresso aos títulos - sabendo-se que, à partida, nenhum treinador agradará simultaneamente aos mais de 230 mil sócios do Benfica, e que, depois de ser campeão, qualquer técnico, chame-se Manuel, Joaquim ou António, será igualmente levado em ombros até ao Marquês.
Aguardemos, pois, por boas notícias. Confiemos em quem soube gerir o Clube de modo a que, com três treinadores bastante diferentes, tenha conquistado 14 dos últimos 26 troféus oficiais disputados em Portugal (ou seja, mais do que todos os adversários juntos)."
Luís Fialho, in O Benfica
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