"Já lá vão quase nove anos com a camisola dos campeões nacionais e o trajecto é impecável: da frieza do anonimato à braçadeira.
“Volto muito no tempo lá atrás quando era criança e brincava com os meus irmãos... Quando me vejo a entrar naquele palco fantástico e com a braçadeira, é a realização de um sonho. É inexplicável”
É uma daquelas carreiras fáceis de tirar o chapéu pelo mérito. Jardel Nivaldo Vieira chegou a Portugal em 2009, para jogar na II Divisão. Depois de algumas boas exibições no Estoril Praia, o central forte nos duelos e com uma qualidade com bola que foi aprimorando saltou para o escalão máximo. Bastou meio ano no Olhanense para convencer quem mandava no Benfica e lá mudou, a meio da época de 2010/11, para o Estádio da Luz.
Nos encarnados leccionou a virtude da paciência. Jogou muito pouco nos primeiros tempos, com grandes “rivais” como Sidnei, Garay e, mais para a frente, Lindelof. Mas ele, como se diz no futebol, comeu o seu queijinho e esperou. Não há notícias de polémicas, de azias ou insatisfações. Caras feias, idem. Jardel foi melhorando e o peso no balneário engordou. E ganhou a chave para entrar no palácio dos capitães.
Esta época, em que conquistou o seu quinto campeonato, este defesa com nome de goleador jogou apenas 1599 minutos. De acordo com os dados da Goal Point, o brasileiro envolveu-se em 90 acções defensivas no terço do terreno defensivo, 28 no terço intermédio e apenas um no último terço. Garantiu 18 desarmes, 13 deles completos, 34 intercepções e 48 alívios. O defesa experiente, de 33 anos, ganhou 75,2% dos 101 duelos aéreos defensivos e recuperou a posse de bola em 73 ocasiões.
Olhando para a frente, Jardel marcou apenas dois golos, em 20 remates, ambos dentro da área e de cabeça. O pé, generoso, ofereceu dois passes para finalização.
Em Abril, diante do Eintracht Frankfurt, Jardel cumpriu o jogo 250 pelo Benfica. “É realmente um sonho para qualquer jogador realizar esse registo numa grande equipa da Europa, o maior de Portugal”, disse então. “Estou muito feliz de poder escrever essa marca na história do Benfica e para a minha vida é um orgulho enorme. É muito gratificante.”"
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