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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Os conquistadores de Montreux

"A equipa de hóquei em patins do Benfica foi a digna representante de Portugal na Taça das Nações.


A Taça das Nações ou Torneio de Montreux é um dos mais antigos e prestigiantes torneios internacionais de hóquei em patins. Na edição de 1962, coube ao Benfica, campeão nacional de 1960/61, ir em representação do seu país. Era a segunda vez consecutiva que a equipa benfiquista participava neste importante torneio suíço. No ano anterior, honraria as cores nacionais ao classificar-se em 2.º lugar. Seria, desta vez, a grande oportunidade de alcançar a tão ambicionava vitória!
A equipa benfiquista iniciou a sua caminhada triunfal com uma surpreendente goleada por 10-2 ao clube italiano Hockey Club Monza, seguindo-se excelentes vitórias frente à equipa francesa do Skating Clube Andomarois e frente à selecção alemã. Os bicampeões nacionais classificaram-se, assim, em 1.º lugar do Grupo B, ficando apurados para a fase final. Nesta próxima etapa, os hoquistas 'encarnados' demonstraram, uma vez mais, a sua extraordinária classe ao derrotar a selecção inglesa e novamente o clube italiano. Chegou a grande final, a 24 de Abril de 1962, na qual o Benfica defrontou a equipa anfitriã, o Montereux HC. Foi um jogo emocionante que terminou com uma fantástica vitória benfiquista por 3-0. Estava conquistado o torneio sem qualquer derrota!
Os 'encarnados' formaram uma verdadeira equipa e enfrentaram todos os adversários com entusiasmo e ambição. A imprensa suíça foi unânime em a catalogar de 'justa e gloriosa vencedora'. A televisão local apelidou os jogadores de 'diabos vermelhos', referindo que 'o carrocel infernal do Benfica reduzia a pó as outras equipas'.
Esteve sempre presente um grande espírito de sacrifício entre todos. 'O Nogueira jogou com suspeita de factura no nariz. O Jorge dava a cara e o peito aos remates. O Urgeiro bateu-se que nem um leão. O Livramento e o Araújo franzinos, mas valentes e lutadores até à última gota. O José Pereira decidido, estoico. O Mário Lopes, remoçado, combativo, um grande «capitão»'. Urgeiro acabaria por ser a grande figura do torneio ao sagrar-se melhor marcador, com um total de oito golos, e ainda foi considerado o melhor médio da competição.
O treinador 'encarnado', Torcato Ferreira, confessou que 'esta vitória, conseguida num país estrangeiro, em confronto com categorizadas equipas, constitui, sem dúvida, a maior alegria da minha vida'.
Pode conhecer mais sobre as conquistas do hóquei em patins benfiquistas na área 3 - Orgulho Ecléctico do Museu Benfica - Cosme Damião."

Ana Filipa Simões, in O Benfica

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